O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (1º) sua decisão de retirar os EUA do Acordo de Paris sobre o clima – medida que era uma de suas promessas de campanha. A saída dos americana do acordo representa uma dificuldade a mais aos esforços globais para reduzir o aquecimento global.
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A decisão equivale a uma refutação ao esforço mundial para pressionar Donald Trump a continuar fazendo parte do acordo, que é assinado por 195 países. Segundo as informações da rede CNN, líderes estrangeiros, executivos de empresas e a própria filha do presidente norte-americano pressionaram fortemente para que o republicano mantivesse os EUA no acordo, mas o magnata afirmou que o acordo é ruim para os Estados Unidos.
O acordo foi assinado em 12 de dezembro de 2015, durante a 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21), e está em vigor desde 4 de novembro de 2016.
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"Em respeito a meu dever de proteger os cidadãos americanos, anuncio que os Estados Unidos sairão do Acordo de Paris sobre o clima", declarou Trump durante um pronunciamento no jardim da Casa Branca. Segundo o republicano, o tratado não é justo com o país, "seus negócios, seu povo, seus trabalhadores, seus contribuintes", disse o magnata.
"Vamos sair, mas vamos começar a negociar para voltar ao Acordo do Paris ou uma transação inteiramente nova, em termos que sejam justos aos Estados Unidos", acrescentou o presidente.
Ao desencadear os procedimentos oficiais de retirada, Trump provocará um longo processo que não será concluído até novembro de 2020 – mês em que termina o seu mandato–, garantindo que a questão se torne um grande tema de debate na próxima eleição presidencial.
Péssimo negócio
"O Acordo de Paris é péssimo para os americanos, e a ação do presidente hoje mantém sua promessa de campanha para colocar os trabalhadores americanos em primeiro lugar", disseram um de seus apoiadores à CNN. "O acordo foi mal negociado pelo governo de Obama. Ele fornece custos para o povo americano em detrimento de nossa economia".
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Donald Trump e o vice-presidente, Mike Pence, estavam chamando legisladores, incluindo líderes da Câmara e do Senado, nas horas que antecederam o anúncio para receberem contribuições sobre sua decisão climática, disse uma fonte republicana à CNN.