Pelo menos 140 soldados foram mortos depois que um ataque suicida do Talibã atingiu uma base do exército no norte do Afeganistão nesta sexta-feira (21). Esse é o ataque mais violento no país desde julho de 2016, quando dois terroristas do Estado Islâmico mataram 80 pessoas.
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O Ministro da Defesa do Afeganistão afirmou que mais de 100 soldados estavam mortos ou feridos. Depois, um oficial em Mazar-i-Sharif, onde o ataque aconteceu, disse que havia pelo menos 140 mortos e outros feridos. Outros agentes afegãos ainda afirmaram que o esse dado pode aumentar. Até agora, o governo não emitiu uma nota com a confirmação do número de vítimas.
De acordo com o ministro, dez insurgentes talibãs realizaram o ataque. De acordo com um informante oficial no local da ofensiva, os terroristas chegaram ao local em dois veículos do exército nacional, com placas licenciadas da província Faryab, oeste do país. Ainda de acordo com ele, os dois carros foram autorizados a entrar na base militar no primeiro ponto de inspeção. Contudo, no segundo, alguns militares ficaram desconfiados e, assim, um dos terroristas acabou se explodindo.
Uma vez dentro da base, um homem-bomba detonou seu colete no refeitório e outro, ainda, explodiu-se fora da mesquita. O restante dos terroristas foi, então, atirando contra os militares afegãos, relatou o oficial.
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“Nós estávamos saindo da Mesquita, logo depois de fazer nossas orações, quando vimos um veículo do Exército vindo em nossa direção com três ou cinco homens. De repente, o carro parou, os homens saíram de dentro dele e começaram a atirar com Kalashinikovs”, contou o soldado.
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Os Estados Unidos confirmaram que houve um ataque na província nessa sexta, mas também não confirmou o número de mortos total, apenas dizendo que foi “por volta dos 130”. Em uma mensagem, o exército norte-americano no Afeganistão condenou o ataque. “O ato mostra a natureza bárbara do Talibã. Eles mataram soldados que estavam em oração em uma mesquita, e outros que estavam comendo”, escreveu o comandante John Nicholson. Há um mês, militantes disfarçados de médicos invadiram um hospital militar na capital, Cabul, matando e ferindo pelo menos 38 soldados e médicos.