Venezuela registra ao menos 15 saques a lojas durante protestos, diz opositor

Governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, disse que atos foram realizados por "grupo orquestrado"; segundo ele, ataques foram gravados

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De acordo com Capriles, padarias, sapatarias, lojas de bebidas, uma fábrica e outros pequenos estabelecimentos foram saqueados na Venezuela . Para o político, os atos foram realizados por "um grupo orquestrado, promovido pelo governo e sem possibilidade de reação". O governador afirmou que estes "atos de vandalismo foram gravados".

Segundo o governo, responsabilidade pelos distúrbios na Venezuela é da oposição
Foto: Reprodução/Twitter
Segundo o governo, responsabilidade pelos distúrbios na Venezuela é da oposição

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Capriles criticou ainda a suposta omissão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, equivalente à Polícia Militar do país), que não teriam feito nada em relação aos saques realizados próximos a seus agentes. Segundo a "AFP", a Guarda Nacional dispersou os manifestantes com gases lacrimogênios. O governo atribuiu a responsabilidade pelos distúrbios à oposição.

Enquanto isso, o opositor afirmou que a Guarda Nacional buscou desvirtuar protestos antigovernamentais nos últimos dias. Segundo ele, os saques, assim como as "atuações repressivas e selvagens" são "ordenados diretamente" pelo ministro de Interior e Justiça, Néstor Reveral, que já acusou Capriles de promover "atos terroristas", em alusão aos ators de violência registrados durantes os últimos protestos.

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"O instável Reverol será acusado em instâncias internacionais e já é investigado pela DEA (Agência de Repressão e Controle de Narcóticos dos Estados Unidos) por vínculos com o narcotráfico", disse Capriles.

Distúrbios em protestos

Na terça-feira (11), ao menos 14 estabelecimentos na Venezuela foram atacados na cidade de Guarenas, após um grupo invadir um shopping da região e saquear os locais. Os protestos pedem eleições e a remoção de sete magistrados do Suprema Corte, a quem acusam de ter efetuado um "golpe de Estado". Os atos completaram duas semanas e já deixaram pelo menos seis mortos, 100 detidos e centenas de feridos, segundo balanço da oposição venezuelana.

* Com informações da Agência Brasil.