Após atentados, Egito decreta estado de emergência de três meses

Presidente egípcio disse que os aparelhos de segurança vão “intensificar seus esforços para punir os criminosos” que estão por trás dos dois atentados

Objetivo do estado de emergência é “proteger o Egito e preservar [sua segurança]”, acrescentou o presidente Al Sisi
Foto: Reprodução/Facebook
Objetivo do estado de emergência é “proteger o Egito e preservar [sua segurança]”, acrescentou o presidente Al Sisi

Horas após os dois atentados contra catedrais do norte do país, que deixaram pelo menos 44 pessoas mortas e outras 11 feridas, o presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, anunciou, neste domingo (9), que a nação está em estado de emergência. 

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De acordo com o mandatário, a medida pode durar até três meses. O anúncio foi transmitido ao vivo pela emissora de televisão estatal.  O objetivo do estado de emergência é “proteger o Egito e preservar [sua segurança]”, acrescentou Al Sisi.

O anúncio foi feito depois de “tomar as medidas legais e constitucionais” pertinentes nestes casos, explicou o governante em seu breve pronunciamento.

O presidente egípcio disse que os aparelhos de segurança vão “intensificar seus esforços para punir os criminosos” que estão por trás dos dois atentados, reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

A primeira explosão foi registrada em Tanta, a cerca de 100 quilômetros do Cairo, capital do país. Duas horas depois, a segunda bomba explodiu em Alexandria, no norte do Egito. Ainda não foram divulgadas informações sobre suspeitos dos dois atentados.

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As explosões ocorrem a 20 dias da primeira viagem do papa Francisco ao Oriente Médio. O papa deve chegar ao Egito no dia 28 de abril, quando se reunirá com autoridades do governo, lideres muçulmanos e com o papa da Igreja Copta Cristiniana, Teodoro II.

Apelo à imprensa

Além disso, o líder egípcio solicitou aos meios de comunicação que abordem os acontecimentos com “honestidade, responsabilidade e consciência”. Em uma mensagem à comunidade internacional, Al Sisi destacou que esta “tem que castigar os países que apoiaram o terrorismo e criaram a ideologia e trouxeram combatentes [ao Egito] de todo o mundo”.

“Agora somos nós que pagamos o preço”, disse o presidente egípcio, que elogiou os cidadãos por sua resistência e paciência nas difíceis circunstâncias dos últimos anos.

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O estado de emergência foi decretado em algumas ocasiões excepcionais em anos passados, depois que esteve em vigor de forma contínua entre 1981 e 2012, quando foi abolido ao calor da revolução egípcia de 2011.

* Com informações da Agência Brasil.