Três dias depois de usar navios para bombardear a Síria, os Estados Unidos ordenaram, neste domingo (9), que o porta-aviões "US Carl Vinson" e seu grupo de ataque em águas próximas seguissem em direção à Coreia do Norte.
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O movimento norte-americano representa uma demonstração de força, após novas provocações do regime de Kim Jong-un. A ação acontece em um momento em que o presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, procura promover sua capacidade defensiva na região frente às ambições nucleares da Coreia do Norte.
Ainda neste sábado (8), o governo da Coreia do Norte emitiu uma nota condenando o ataque do governo Trump à base militar síria – que, segundo o magnata, foi a responsável pelo lançamento de mísseis químicos, matando civis. No comunicado, Kim Jong-un classifica a ação de retaliação norte-americana como "inaceitável".
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De acordo com a mensagem do governo norte-coreano, lida pela emissora pública estatal KCNA, o ataque foi "uma clara invasão" que "justifica" a decisão de Pyongyang de ter, desenvolver e reforçar seus armamentos nucleares. Segundo o ditador Kim Jong-un, o governo de Donald Trump "não é diferente" dos anteriores.
"Medida prudente"
O porta-voz do Pentágono, Dave Benham, afirmou que o envio da frota norte-americana às águas norte-coreanas se dá como "uma medida prudente", frente ao "irresponsável" programa de testes de mísseis de Kim Jong-un.
"O comando do Pacífico dos Estados Unidos ordenou ao grupo aeronaval do porta-aviões USS Carl Vinson que se mobilize como medida prudente para manter sua disposição e presença no Pacífico", disse Benham.
"A principal ameaça na região continua sendo a Coreia do Norte, devido a seu temerário, irresponsável e desestabilizador programa de testes de mísseis e a sua busca de armamento nuclear", acrescentou.
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O envio do porta-aviões também ocorre na mesma semana em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu na Flórida o líder chinês, Xi Jinping, e ambos discutiram a necessidade de evitar novas provocações da Coreia do Norte.