A primeira-ministra britânica, Theresa May, irá ativar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa da União Europeia – responsável pelo início formal das negociações para a saída do bloco – no próximo dia 29. As informações são de um porta-voz da líder britânica e foram divulgadas nesta segunda-feira (20).
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Também nesta segunda, de acordo com o porta-voz, o Reino Unido informou a intenção de Theresa May ao gabinete do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Na semana passada, a rainha Elizabeth II ratificou a lei aprovada pelo Parlamento que autoriza o país a deixar o bloco, além de traçar as diretrizes para o processo.
Brexit
O Reino Unido surpreendeu o mundo ao decidir, em um plebiscito realizado no dia 23 de junho de 2016, sair da União Europeia.
O resultado do plebiscito revelou uma profunda divisão no país. O Brexit (palavra criada pela fusão de "Britain" e "exit", ou saída da Grã-Bretanha) recebeu 51,9% dos votos contra 48,1% pela permanência na UE. O interior da Inglaterra e o País de Gales apoiaram majoritariamente a saída da UE, enquanto Londres, Escócia e Irlanda do Norte optaram pela permanência.
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No segundo semestre de 2016, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que considera a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia "irrevogável", mesmo que lamente o fato.
"Agora nós temos que negociar a base de nossos interesses. E 'negociar', acima de tudo, significa o fortalecimento dos interesses em comum", assegurou a chanceler. Merkel ainda disse que o Brexit é um teste para a União Europeia e que aliança oferece a seus membros "uma voz forte no mundo" , algo que os países individualmente não teriam.
Michael Roth, ministro do governo britânico responsável pelas relações diplomáticas com a UE, assegurou que as relações diplomáticas com o bloco requer o estudo de soluções, mas frisou que o Reino Unido não poderá escolher, minuciosamente, seus termos do acordo.
Em entrevista à Bloomberg , em outubro, Roth disse que o Brexit "é uma situação histórica e única". "Iremos encontrar um acordo que beneficie a União Europeia e o Reino Unido", disse o ministro britânico.
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A expectativa é que a separação liderada por Theresa May ocorra ao longo de dois anos, podendo ser ampliada, caso necessário.
* Com informações da Agência Ansa.