Oficiais antiterrorismo da França deram início à investigação depois de um homem tentar roubar a arma de uma soldado no aeroporto de Orly, o segundo maior do país, na manhã deste sábado (18). O suspeito foi morto pelos agentes de segurança, que afirmaram ainda que o suspeito esteve envolvido em um incidente ao norte de Paris antes de se dirigir ao aeroporto.
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Segundo informações do “The Guardian”, o homem (que não teve identidade revelada) teria atirado em uma policial ao norte de Paris e, em seguida, cruzado a cidade em direção ao aeroporto de Orly. Fontes policiais ainda afirmaram à Reuters que ele estaria na lista de vigilância da segurança da França, e seria “muçulmano radicalizado”. A suspeita de ataque terrorista não foi descartado pelas autoridades.
O Ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, afirmou que o suspeito teria assaltado três policiais, sendo um deles uma mulher, quem derrubou no chão na tentativa de roubar sua arma. Contudo, a soldado conseguiu detê-lo e os outros dois policiais atiraram contra ele, matando-o.
“Ele segurava-a [a policial] pelo pescoço e, ao mesmo tempo, segurava a arma dela, ele estava segurando a arma. Então, quando percebemos que era algo sério, saímos correndo, descemos as escadas e, assim, ouvimos dois tiros”, relatou uma testemunha ao “The Guardian”.
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Uma testemunha chamada Franck Lecam também contou que estava na fila para verificar o voo de Tel Aviv, quando ouviu três ou quatro tiros próximos. “Estamos todos fora do aeroporto, cerca de 200 metros da entrada. Há policiais, oficiais de emergência e soldados em todas as direções. Um oficial de segurança nos disse que [o tiroteio] aconteceu perto dos portões 37-38, onde voos da Turkish Airlines estavam agendados.”
Depois de o tiroteio ser aberto no aeroporto, todos os voos foram suspensos. Policiais buscaram explosivos no local. Mais de 3 mil pessoas foram evacuadas dos terminais de Orly. O aeroporto não deve ser reaberto até a noite deste sábado. Passageiros foram orientados a evitarem ir ao local.
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Os soldados envolvidos no tiroteio fazem parte das forças especiais “Sentinel”, um grupo militar de elite que faz a proteção de locais mais vulneráveis a ataques, depois de o país sofrer seguidos ataques terroristas.
O pai e o irmão do homem morto foram detidos neste sábado, de acordo com fontes judiciais citadas pela Reuters. O Ministro do Interior da França, Bruno Le Roux, disse que a policial que foi alvo do suspeito no início da manhã deste sábado não foi gravemente ferida.