Uma mulher australiana sofreu queimaduras depois de uma pequena explosão causada por seu fone de ouvido durante um voo de Pequim para Melbourne em 19 de fevereiro. O relatório de investigação da Agência Australiana de Segurança no Transporte (ATSB) foi divulgado na terça-feira (14).
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A investigação concluiu que a explosão foi causada pelas baterias do fone de ouvido. A mulher, que manteve seu anonimato, caiu no sono enquanto ouvia música e acordou com o barulho e com a sensação de calor em seu rosto.
“Conforme fui me virar, senti que meu rosto estava queimando”, disse ela, de acordo com declaração publicada pela ATSB. “Eu coloquei as mãos na minha face e o fone caiu para o meu pescoço. Continuei a sentir a queimadura, então joguei o dispositivo no chão.”
Foi assim que pode ver a dimensão do acidente. “Ele soltava faíscas e tinha algumas pequenas chamas de fogo”, contou. “Quando fui pisar no fone para abafar o fogo, assistentes de bordo já estavam lá com um balde de água para apagar a explosão. O aparelho foi colocado dentro do balde e levado ao fundo da aeronave.”
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O plástico e a bateria derreteram e grudaram no piso da aeronave, que precisou ser raspado para que todos os restos fossem retirados. A fumaça, o cheiro de plástico derretido e cabelo queimado persistiram durante o resto do voo. “As pessoas ficaram tossindo e tiveram falta de ar em todo o caminho para casa”.
A mulher sofreu queimaduras na face, nos lábios e na mão. Além disso, ficou coberta por fuligem da explosão e parte do seu cabelo foi queimado. O incidente levou a ATSB a publicar um aviso com instruções sobre o uso e transporte de baterias e aparelhos movidos a baterias.
Aparelhos explosivos
Não é o primeiro acontecimento do tipo com aparelhos eletrônicos em aeronaves. O celular Galaxy Note 7, da Samsung, foi proibido em aviões e parou de ser comercializado depois de uma série de acidentes.
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“Baterias de íon-lítio tem um histórico de problemas entre aparelhos celulares e outros dispositivos móveis", diz o aviso. “Mas todas as baterias têm energia armazenada e, portanto, apresentam risco de explosão”.