Embora o fim do Estado Islâmico seja o objetivo de todos os que combatem o terrorismo, a derrota do grupo extremista deve desencadear mais um problema: para onde vão os apoiadores dos terroristas?
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A equipe que cuida da segurança da Grã-Bretanha, por exemplo, já começou a se preparar para o retorno de centenas de cidadãos britânicos que foram ao Iraque a à Síria para lutar pelo Estado Islâmico .
A derrota do grupo jihadista em Mosul, no Iraque, e em Raqa, no norte da Síria, é esperada para meados do mês de junho. Porém, a debandada dos simpatizantes estrangeiros ao grupo já parece ter começado.
Na Grã-Bretanha, há uma preocupação específica sobre o futuro das crianças muito pequenas, inclusive das que nasceram sob o domínio do grupo extremista nos países em questão, que podem migrar para o Reino unido com seus pais.
"É possível que essas crianças voltem para o Reino Unido doutrinadas, muito fragilizadas e perigosas", disse uma fonte do governo britânico.
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"A única experiência semelhante que tivemos foi a de lidar com crianças envolvidas em seitas religiosas extremas. De qualquer maneira, será um grande desafio para os tribunais familiares e para o serviço de assistência social", afirmou.
Um dos passos para tal segurança é a tentativa de eliminação de qualquer propaganda sobre o grupo terrorista na internet. Outro é o reforço na segurança nos aeroportos e portos britânicos.
Quantos são?
Ao todo, cerca de 850 britânicos saíram do Reino Unido em direção ao Iraque e à Síria para servir ao grupo terrorista. Só por terem viajado com a intenção de praticar o terrorismo, essas pessoas já cometeram crimes e podem ser punidas.
O comissário de segurança da União Europeia, Julian King, disse nesta semana que cerca de um quarto dos 850 britânicos devem continuar declarando amor ao terrorismo. No entanto, parte dos que disserem que não querem mais seguir o extremismo, podem estar mentindo. "Alguns retornarão com a intenção de planejar e executar futuros ataques".
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No total, segundo o ministro do Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart, 40 mil combatentes estrangeiros de mais de 110 países foram à Síria e ao Iraque para prestar militância ao Estado Islâmico.