Um homem foi enterrado vivo por três dias em uma igreja em Belfast, capital da Irlanda do Norte, de maneira voluntária. Literalmente. John Edwards, de 60 anos, ficou em um caixão feito sob medida, quase um pequeno lar subterrâneo com eletricidade, internet sem fio, travesseiro e cobertor, relatando sua experiência ao vivo.
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Edwards foi enterrado para chamar atenção para sua instituição da caridade, a Walking Free, que ajuda pessoas que praticam automutilação, que são viciadas, alcoólatras, que possuem tendências suicidas e têm distúrbios alimentares. Com o trabalho da instituição, ele pretende oferecer ferramentas para que estas pessoas recomecem a vida do zero.
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Como um viciado e alcoólatra recuperado, Edwards conhece as dificuldades enfrentadas para superar o abuso de substâncias. Durante as duas décadas que enfrentou o vício, ele foi diagnosticado com câncer duas vezes, precisou de um transplante de fígado, teve Hepatite C e lidou com pensamentos suicidas. Ele ficou sóbrio há 23 anos, que foi quando fundou a instituição.
O "enterro"
A esposa de Edwards posava para as câmeras com a lápide (de brincadeira) feita para seu marido. Enquanto isso, ele já se acomodava para descer "a sete palmos abaixo do chão". A peripécia foi transmitida ao vivo em sua página do Facebook. Ele foi enterrado em 1º de março, uma quarta-feira, e aguentou os três dias que havia prometido, saindo no sábado, dia 4.
Enquanto amigos e familiares de Edwards assistiam em cima da terra, lá embaixo ele oferecia conselhos a pessoas ao redor do mundo.
“Eu sei que essa é uma atitude radical, mas pessoas que são suicidas ou tem amigos e familiares que são estão entrando em contato comigo”, disse ele. “Meu plano é falar com eles de dentro do túmulo antes que eles próprios estejam dentro de um caixão para mostrar que há esperança”.
Ao longo dos anos em que era viciado, Edwards teve aproximadamente 20 overdoses. Nos dias que passou dentro do caixão, ele usou a hashtag #GraveChat (Papo de Túmulo, em tradução literal) para divulgar sua proeza pelas redes sociais.
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E a ação pode parecer totalmente maluca, coisa que só se faz uma vez na vida. Ou na morte. Porém, foi a única em que Jophn Edwards experimentou estar enterrado vivo em nome de sua caridade. Ele já havia completado a mesma proeza em julho de 2016, na cidade de Halifax, West Yorkshire, na Inglaterra.