A OMC (Organização Mundial do Comércio) confirmou nesta terça-feira (28) que a recondução do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo para o cargo de diretor-geral da instituição. Será o segundo mandato dele – de quatro anos cada – à frente da organização, cuja sede fica localizada em Genebra, na Suíça. A nova gestão tem início no dia 1º de setembro.
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Na eleição para a direção-geral, o embaixador Roberto Azevêdo era candidato único. Na opinião de representantes do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, esse fato expressa o amplo reconhecimento dos membros da OMC à contribuição dele para os resultados alcançados pela organização durante seu primeiro mandato (2013-2017).
Entre os feitos citados pela pasta estão a conclusão do AFC (Acordo de Facilitação do Comércio), que ocorreu na Conferência Ministerial de Bali, em 2013. Foi o primeiro acordo multilateral celebrado pela OMC desde sua criação, em 1º de janeiro de 1995. O acordo global para agilizar o comércio exterior entrou em vigor no último dia 22.
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De acordo dados divulgados pela OMC, 110 países, o que equivale a dois terços dos membros do organismo, confirmaram a adesão ao AFC, número necessário para que entre em vigor.
A estimativa é de que o acordo reduza os custos das operações comerciais em 14,3% em média e gere US$ 1 trilhão em operações comerciais por ano. Desse total, US$ 730 bilhões serão gerados em países em desenvolvimento.
O Palácio do Itamaraty informa ainda que, na gestão de Azevêdo à frente da OMC, na Conferência Ministerial de Nairobi, em dezembro de 2015, chegou-se a entendimento histórico sobre o fim dos subsídios à exportação de produtos agrícolas.
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“No dia 23 de janeiro último, entrou em vigor o Protocolo de Emenda ao Acordo de TRIPS (Acordo sobre Aspectos de Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados a Comércio), que facilita as condições de acesso de países em desenvolvimento a medicamentos essenciais”, acrescenta, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.
Apoio
O Itamaraty destaca que o Brasil apoiou “decididamente” a recondução ao cargo do embaixador como diretor-geral da OMC “movido pelo reconhecimento de suas contribuições durante o primeiro mandato e pela convicção de que continuará a contribuir, em circunstâncias internacionais cada vez mais desafiadoras, para o fortalecimento do sistema multilateral de comércio”.
* Com informações da Agência Brasil