As autoridades palestinas alertaram os Estados Unidos e o presidente Donald Trump nesta quinta-feira (16) sobre os riscos de abandonar a política dos dois Estados. Essa é historicamente a questão-chave nos conflitos entre israelenses e palestinos.
LEIA MAIS: 8 coisas que podem mudar no mundo com a chegada de Trump ao poder
"Se a administração de Trump rejeitar essa política, as chances de paz [na região] serão destruídas e os interesses norte-americanos, sua posição e a sua credibilidade no exterior serão ameaçados", disse Hana Ashrawi, um dos membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Nesta quarta-feira (15), o presidente norte-americano mostrou uma mudança histórica no posicionamento dos Estados Unidos em relação à política. Durante a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à Casa Branca, os dois líderes conversaram sobre a relação entre os dois países, a situação de crise do Oriente Médio e a nomeação do embaixador norte-americano na nação judaica.
Na coletiva de imprensa, o magnata, que se referiu a Netanyahu com o apelido carinhoso de "Bibi", deu a entender que a criação de um Estado palestino não precisa ser a única solução para a crise da região, posição contrária à dos últimos presidentes norte-americanos.
LEIA MAIS: Relações com a Rússia seguem gerando escândalos para Trump; entenda a crise
"Estou olhando para as soluções de um Estado e dois Estados, e eu gosto da que as duas partes gostarem. Se Israel e os palestinos estiverem felizes, eu estarei feliz com a qual eles mais gostarem", afirmou o mandatário.
No encontro, o presidente norte-americano disse também que "os Estados Unidos irão encorajar a paz e, de verdade, um ótimo acordo de paz". "Nós estaremos trabalhando nisso [de uma maneira] muito, muito diligente", disse Trump.
Embaixador dos EUA em Israel
Além disso, a Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano realizará, ainda nesta quinta, uma "dura" audiência ao homem indicado por pelo presidente norte-americano para assumir o cargo de Embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, ex-advogado pessoal do presidente que apoia abertamente os assentamentos israelenses em territórios palestinos.
LEIA MAIS: Conselheiro de Segurança de Trump se demite após discutir sanções com a Rússia
Na última quarta, cinco ex-embaixadores do país escreveram uma carta na qual diziam que o pretendente de Trump não é qualificado para a posição por suas "posições extremas" e "radicais".
* Com informações da Agência Brasil.