Integrantes da oposição da Colômbia reivindicam que o presidente do país, Juan Manuel Santos, renuncie ao mandato caso seja confirmada a informação de que ele está envolvido em caso de corrupção. O chefe do Executivo colombiano é suspeito de ter recebido propina da empreiteira brasileira Odebrecht. As informações são da Ansa.
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Os pedidos pela renúncia de Santos surgiram depois que o procurador-geral da Colômbia, Néstor Martínez, informou que a campanha de 2014 do presidente teria recebido cerca de US$ 1 milhão da multinacional brasileira. A Procuradoria disse que parte dos US$ 4,6 milhões que teriam sido dados por causa de ações de corrupção foram usados pelo comitê eleitoral de Santos. O pagamento de propina teria sido intermediado pelo ex-parlamentar Otto Bula (preso e investigado pelo crime).
Em acordos de delação premiada firmados no Brasil, a Odebrecht reconheceu que cometeu a prática de suborno em diversos países da América Latina e que pagou cerca de US$ 11 milhões em propinas na Colômbia entre 2009 e 2014. Além de Bula, o ex-vice-ministro de Transporte Gabriel Morales, que atuava no governo de Álvaro Uribe (entre 2002 e 2010), foi preso por receber dinheiro oriundo de operações clandestinas.
Declarações
O ex-presidente colombiano Andrés Pastrana, opositor declarado ao governo de Santos, usou sua conta no Twitter para pedir a renúncia do mandatário. "Presidente Juan Manuel Santos: se comprovarem os pagamentos da Odebrecht para sua campanha, deve começar a considerar a possibilidade de renunciar", escreveu.
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A senadora Claudia López, que integra o partido Aliança Verde, afirmou que essa é "uma situação muito grave" e que se "comprovarem [o envolvimento de] Santos e Vargas Lleras [vice-presidente], eles devem renunciar, porque são os diretos beneficiários desse dinheiro ilegal".
Na mesma linha, a senadora María del Rosario Guerra, do partido Centro Democrático, exigiu a renúncia imediata do presidente, dizendo que ele "mentiu ao país tendo declarado que o dinheiro não vem de subornos".
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O governo da Colômbia desmentiu a acusação de corrupção feita pela Procuradoria e disse que o governo não recebeu esse dinheiro. Afirmou ainda que apenas valores declarados foram dados à campanha.
* Com informações da Agência Brasil