A tentativa da justiça americana em barrar parte do decreto assinado na tarde de sábado (28) por Donald Trum p – que restringe a entrada de imigrantes – é limitada e garantirá aos refugiados que foram detidos nos aeroportos recentemente a permanência temporária nos Estados Unidos. Mesmo com a decisão judicial, o governo dos Estados Unidos afirma que continuará com a política de deportação.
O benefício da Justiça foi dado inicialmente para dois iraquianos, barrados ao chegar em Nova York - EUA , mas é válido também para todos os passageiros detidos em aeroportos do país no sábado (28), sendo eles oriundos de países têm laços com o terrorismo.
Passageiros que chegarem a partir deste domingo (29) podem ser detidos e deportados se não houver nenhuma outra nova ordem da Justiça em sentido contrário. Na manhã de hoje, o Departamento de Segurança Interna divulgou um comunicado informando que continuará aplicando a ordem executiva do presidente Donald Trump, assinada na sexta-feira (27), que proíbe a entrada de pessoas vindas de sete países predominantemente muçulmanos (Síria, Iêmen, Sudão, Somália, Iraque, Irã e Líbia), por um período de 90 dias.
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O balanço do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos sobre o número de pessoas afetadas pela ordem executiva até a noite de sábado (28) é o seguinte: 375 passageiros foram afetados. Desse total, 109 estavam em trânsito para os EUA e ao chegarem aos aeroportos tiveram a permanência negada; outros 173 viajantes tiveram a vinda ao território americano negada antes mesmo do embarque, em algum aeroporto fora dos Estados Unidos; e as autoridades de imigração deixaram entrar 81 passageiros com residência legal nos Estados Unidos.
Funcionários da imigração informam que, depois de detidos, muitos passageiros foram obrigados a voltar para seus países em pelo menos novos aeroportos diferentes. Centenas de pessoas em todo o mundo foram impedidas de embarcar para os Estados Unidos neste final de semana. O veto à entrada de pessoas provenientes de sete países com população majoritariamente muçulmana estava sendo aplicado também a alguns residentes legais dos Estados Unidos que estavam no exterior quando a ordem foi assinada.
Decisão judicial
A juíza Ann Donnelly, do Tribunal Distrital de Brooklyn, em Nova York, ao suspender as deportações, atendendo a pedido da União Americana de Liberdades Civis, disse que a medida visa evitar riscos de ferimentos dos direitos dos detidos ao serem enviados de volta a seus países de origem.
Minutos após a decisão da juíza de Nova York, outra decisão foi tomada pela juíza Leonie Brinnkema, em Alexandria, no estado da Virgínia, a respeito da ordem executiva de Donald Trump . Ela suspendeu por sete dias a deportação de qualquer pessoa, que chegue ao Aeroporto de Dulles, na Virgínia, e que disponha do Green Card, a autorização para que a pessoa trabalhe e resida nos EUA.