Alemanha prende suspeito de ajudar tunisiano no ataque a feira em Berlim

Homem teria almoçado com suposto autor do atentado um dia antes do ato terrorista em uma feira de Natal, que deixou 12 mortos em novembro

Ataque contra uma feira de Natal em Berlim, na Alemanha, matou 12 pessoas no dia 19 de novembro
Foto: Reprodução/Twitter
Ataque contra uma feira de Natal em Berlim, na Alemanha, matou 12 pessoas no dia 19 de novembro

O porta-voz da Procuradoria Geral de Karlsruhe, na Alemanha, informou nesta quarta-feira (4) a  prisão de um homem que pode ter participado do ataque contra uma feira de Natal em Berlim, que matou 12 pessoas no dia 19 de novembro. A prisão temporária foi realizada após uma ação policial em Berlim nesta terça-feira (3). 

O preso, um tunisiano de 26 anos, teria jantado na noite anterior ao atentado terrorista com Anis Amri, acusado pelo ato. Os dois "conversaram intensamente", segundo as informações divulgadas. Ainda de acordo com o porta-voz, Amri foi flagrado por uma câmera da estação ferroviária Berlin Zoologischer Garten, na Alemanha , após realizar o atentado e, por estar consciente da filmagem, "mostrou o dedo do meio" para a câmera. O suposto autor do ataque foi morto por policiais de Milão, no dia 23 de dezembro.

Mesma arma

A Polícia Científica de Milão confirmou nesta quarta-feira (4) que a arma utilizada por Amri para ferir um policial na Itália é a mesma que ele usou para matar o motorista do caminhão que ele roubou e usou no atentado na Alemanha. A confirmação foi possível graças a cooperação entre os dois países. Antes de roubar o caminhão, Anis Amri lutou com o motorista do veículo, Lukasz Urban, de 37 anos, que acabou sendo morto pelo tunisiano.

Sob ataque

Em julho do ano passado, a Alemanha foi alvo de diversos atentados terroritas que deixaram ao menos 13 mortos e 50 feridos. Os ataques causaram pânico e geraram incertezas quanto à segurança do país. No último dia 24 de julho, um refugiado sírio de 21 anos foi preso após matar uma polonesa com um machado e ferir outras duas pessoas.

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A polícia acredita se tratar de um "crime passional". O ataque aconteceu depois de uma discussão entre o homem e a mulher, de 45 anos, em Reutlingen, perto de Stuttgart, no sudoeste da Alemanha.

A vítima e o agressor trabalhavam juntos em um restaurante de comida turca perto de onde a discussão ocorreu, informou a polícia. No mesmo dia, na cidade de Ansbach, na Baviera, um refugiado sírio se explodiu do lado de fora de um festival de música, ferindo pelo menos 12 pessoas.

O ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann, disse que o homem, de 27 anos, detonou os explosivos depois de ter sido proibido de entrar no evento. Cerca de 2,5 mil pessoas foram evacuadas do festival após a explosão.

Já no dia 22 de julho, um adolescente alemão de origem irianiana, David Ali Sonboly, de 18 anos, abriu fogo em um fogo em um shopping center de Munique, matando nove pessoas, a maioria imigrantes, antes de cometer suicídio. Sete dos mortos são adolescentes – dois turcos, dois alemães, um húngaro, um grego e um kosovar. Outras 35 pessoas ficaram feridas, mas apenas quatro foram baleadas – muitas se feriram ao fugir correndo do local.

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E no dia 18 de julho, outro adolescente, um refugiado afegão de 17 anos, foi morto pela polícia depois de ferir cinco pessoas, duas delas com gravidade, com um machado e uma faca em um trem na cidade de Würzburg, no sul da Alemanha. Quatro das vítimas eram turistas de Hong Kong. O grupo autodenominado Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque e divulgou um vídeo do adolescente fazendo ameaças.

* Com informações da Ansa