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Levantamento também indica maior confiança dos americanos nos parlamentares democratas do que nos republicanos

A popularidade do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cresceu no último mês, de acordo com pesquisa do jornal Washington Post e da emissora ABC News divulgada nesta segunda-feira.

Segundo o levantamento, o governo Obama é aprovado por 49% dos entrevistados e desaprovado por 47%. É o melhor índice obtido pelo líder na pesquisa Washington Post/ABC desde março – salvo uma rápida ascensão em maio, após o anúncio da morte de Osama Bin Laden.

Segundo o Post, o crescimento da aprovação de Obama aconteceu principalmente por causa de uma melhor percepção entre grupos-chave como os independentes, os aposentados e os jovens.

No momento em que a Casa Branca pressiona o Congresso para que seja aprovada a prorrogação dos cortes de impostos, Obama sai beneficiado.

Segundo a pesquisa, 50% dos eleitores confiam nele com relação a esse tema, contra 35% dos que apoiam a conduta dos republicanos, que controlam a Câmara de Representantes. Em novembro, uma pesquisa similar mostrou os eleitores divididos sobre esse assunto.

A percepção quanto à política fiscal de Obama também melhorou entre o eleitorado: 46% apoiam o presidente nesta questão, enquanto 41% simpatizam com a posição republicana no Congresso.

A aprovação dos eleitores aos republicanos no Congresso está em 20%, um índice 7% abaixo em relação ao obtido pelos democratas. A pesquisa ouviu 1.005 adultos entre quinta-feira e domingo e tem margem de erro de 3,5%.

Queda de Gingrich

Outra pesquisa, divulgada pelo instituto Public Policy Polling na segunda-feira, aponta forte queda do pré-candidato Newt Gingrich na disputa pela indicação do Partido Republicano à presidência.

A pesquisa se refere apenas ao Estado de Iowa, que realizará o primeiro cáucus (assembléia eleitoral) dos republicanos em 3 de janeiro. O deputado Ron Paul lidera o levantamento com 23% das intenções de voto, enquanto o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney aparece em segundo lugar, com 20%.

Gingrich, que é ex-presidente da Câmara dos Deputados, caiu de 27% no levantamento de duas semanas atrás para 14% na nova pesquisa, que ouviu quase 600 pessoas entre os dias 16 e 18 de dezembro, com margem de erro de 4 pontos percentuais.

Leia também: Avanço de Gingrich faz Romney mudar abordagem sobre sua religião

Acredita-se que a queda de Gingrich possa estar ligada a onda de ataques de seus adversários após semanas de crescimento nas pesquisas. As rádios e TVs de Iowa foram tomadas nas últimas semanas por anúncios de republicanos atacando Gingrich, apontado como um político não-confiável.

O ex-deputado admitiu que os anúncios negativos contra a sua candidatura abalaram sua popularidade, mas prometeu não reagir à altura. "Voltarei com uma base positiva, irei lhes dizer o que defendo e irei responder a qualquer dúvida que surja com base em publicidades falsas ou imprecisas de alguns dos meus amigos", disse Gingrich a cerca de 250 pessoas numa firma de segurança em Davenport, estado de Iowa.

Ele pediu a seus apoiadores que pressionem os demais candidatos a retirar os anúncios agressivos do ar, argumentando que isso acabará por beneficiar Obama na eleição geral.

Com EFE e Reuters