Os gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global , atingiram novo recorde no último ano. A informação é de um relatório da da Organização Meteorológica Mundial divulgado nesta quarta-feira (15).
Segundo o estudo, no ano de 2022, o dióxido de carbono (CO2), gás de efeito estufa de maior concentração na Terra, ultrapassou mais de 50% os níveis da era pré-industrial (1750), chegando a 417,9 ppm. Em relação a 2021, o aumento do CO2 na atmosfera foi de 0,5%.
Além do carbono, o gás metano (CH4) aumentou suas concentrações em 264% em relação a 1750, ou 1.923 ppb. Outro gás que teve aumento foi o óxido nitroso (N2O). Ele teve o maior crescimento em relação a 2021 e 2022, alcançando 0,42%, 124% em relação a 1750, ou 335 ppb).
De acordo com a OMM, alguns fenômenos meteorolícos extremos, como a onda de calor que atinge o Brasil , e o aumento do nível do mar, provocam o crescimento desses gases na atmosfera.
"A despeito de décadas de advertências científicas, relatórios extensos e dezenas de conferências sobre o clima, continuamos seguindo na direção errada", disse o Secretário Geral da OMM, Petteri Taalas. "Com as atuais concentrações de gases de efeito estufa, estamos trilhando um caminho de aumento nas temperaturas que nos levará a valores muito acima das metas estabelecidas no Acordo de Paris", acrescentou.
Mortes por calor
Nesta quinta-feira (15), um estudo elaborado por mais de 100 especialistas de 52 instituições de pesquisas e agências da ONU de todo o mundo, informaram que as mortes relacionadas ao impacto das altas temperaturas podem quase que quintuplicar até 2050 .
Segundo os especialistas, "a saúde da humanidade está em grave perigo".
O estudo indica ainda que, em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC em comparação com o período pré-industrial até o fim do século, os óbitos relacionados ao calor podem aumentar em 4,7 vezes