A comissão externa formada no Senado para investigar as mortes de Bruno Pereira e Dom Phillips , além do aumento da criminalidade na Amazônia, aprovou nesta quarta-feira um requerimento que pede o afastamento imediato do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) , o delegado Marcelo Xavier .
Os senadores também requereram informações oficiais referentes às investigações ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal, e enviaram requerimento ao Ministério das Relações Exteriores para que os governos do Peru e da Colômbia sejam acionados diplomaticamente para que haja reforço de segurança nas regiões que fazem fronteira com o Vale do Javari.
Prevista para 13 de julho, uma nova audiência da comissão deverá ouvir indígenas da região e os familiares de Bruno e Dom.
Nesta quarta-feira, o senador Fabiano Contarato pediu que haja declinação de competência da Justiça estadual para que só a Justiça Federal investigue o caso. A proposta foi incluída no relatório parcial da comissão.
Os senador também pediu o compartilhamento das investigações do assassinato de Maxciel Pereira dos Santos, colaborador da Funai morto a tiros em Tabatinga, em 2019, com os policias que cuidam das investigações sobre as mortes de Bruno e Dom. "Os crimes não podem ser analisados de forma isolada. Há conexão entre eles", disse Contarato.
Também nesta quarta, durante a tarde, a comissão externa da Câmara dos Deputados que investiga as mortes de Bruno e Dom fará uma reunião ordinária para apreciar novos requerimentos, entre os quais o que também pede o afastamento cautelar do delegado Marcelo Xavier da Presidência da Funai.
Presidida pelo deputado José Ricardo, do PT do Amazonas, e dominada por parlamentares da oposição, a comissão apresenta também um relatório preliminar da diligência realizada na semana passada em Tabatinga e Atalaia do Norte. Os parlamentares aprovarão os próximos passos da comissão, como novas convocações para oitivas.
Os pedidos de afastamento do presidente da Funai, feitos tanto na Câmara como no Senado, serão encaminhados como sugestão ao ministro Anderson Torres, da Justiça, a quem a Funai está subordinada.
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