O PSB (Partido Socialista Brasileiro) realizou, na tarde desta sexta-feira (29), a sua convenção nacional para oficializar a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin a vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .
Estiveram presentes no evento realizado em Brasília, além de Lula e Alckmin, Gleisi Hoffmann e Carlos Siqueira, presidentes do PT e PSB, respectivamente. Lideranças de diversos movimentos sociais e parlamentares também marcaram presença no evento.
Durante o seu discurso, Geraldo Alckmin chamou o evento de “confraternização”, e ressaltou que Lula é o nome da esperança do Brasil.
“Companheiras e companheiros, viemos aqui hoje para promover uma grande confraternização, a confraternização da esperança com o futuro. E a esperança tem nome: ela se chama Lula. E o futuro do Brasil é a realização dessa esperança que, se Deus quiser, com o apoio e da força de todos nós, haverá de se realizar já no dia 2 de outubro”, enfatizou.
O ex-governador de São Paulo criticou, ao longo da sua fala, os ataques do atual presidente às urnas eletrônicas, ressaltando que “é hora de Bolsonaro ir embora”.
“Quem alega fraude tem de provar, e quem não prova tem de ser punido pela farsa de acusar. Não vamos cair no jogo da mentira. Não vamos nos render às manhas e aos desvarios de um presidente que não quer voltar para casa. É hora de Bolsonaro ir embora, por todo o mal que causou ao país.”
O candidato a vice-presidente destacou ainda que a sua chapa tem o dever de livrar o Brasil do fanatismo político e das ameaças ao Estado de Direito Democrático.
“É dia de mostrar que estamos unidos, firmes e determinados a livrar o Brasil do fanatismo político, das ameaças do bolsonarismo ao estado democrático de direito, da ruinosa política econômica que colocou o Brasil de volta no mapa da fome”, disse Alckmin. Ele completou afirmando que o governo de Jair Bolsonaro não sabe cuidar do seu povo.
Lula afirma que os brasileiros estão saturados
Lula encerrou o evento do PSB com uma fala onde tratou de ressaltar a aliança entre PT e PSB na corrida eleitoral deste ano. “Nós estamos fazendo a mais importante aliança já feita entre todos os partidos de esquerda e democráticos desse país.”
O ex-presidente também abordou a recente reunião que Bolsonaro realizou junto a embaixadores de alguns países, onde atacou as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.
“Eu nunca imaginei, aos meus 76 anos de idade, ao meus 50 anos de participação política, que nós iríamos ver um presidente da República cometer a idiotice de chamar os embaixadores de quase 70 países para fazer o pior papel que um presidente pode fazer, que é mentir para os embaixadores e vender uma ideia falsa de que, no Brasil, a democracia corre risco por conta das urnas eletrônicas.”
De acordo com Lula, o atual presidente precisa ter medo porque o povo brasileiro está saturado, enojado e cansado de tanta mentira e da destruição que o governo causou no país.
O canditado à presidência pelo Partido dos Trabalhadores enfatizou ainda que os brasileiros precisam ir às ruas para mostrar que querem democracia "de verdade". Ele também chamou Bolsonaro de "fanfarrão" ao afirmar que o Brasil não pode ceder ao candidato do PL, e disse que ele e Alckmin serão como síndicos de um prédio caso sejam eleitos.
“A obra de recuperar esse país não será nem do Alckmin e nem minha. Nós seremos apenas os síndicos de um prédio que tem 215 milhões de moradores, e nas assembleias gerais vocês terão que dizer como é que a gente vai administrar esse grande prédio chamado Brasil”, destacou no final de seu discurso.
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