Datafolha: 'Vai falar que evangélicos estão divididos?', diz Bolsonaro

Pesquisa do instituto apontou que presidente tem 27% das intenções de voto, enquanto Lula tem 48%

Foto: Reprodução
Bolsonaro questiona divisão de votos entre evangélicos apontada por pesquisa do Datafolha


O presidente Jair Bolsonaro  criticou a pesquisa Datafolha que apontou uma vitória em primeiro turno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 54% dos votos válidos. Em transmissão nas suas redes sociais, Bolsonaro questionou o resultado que apontou ele e o petista dividindo os votos dos evangélicos.

O resultado irritou Bolsonaro, que insinuou que tem ampla maioria entre essa fatia do eleitorado. O presidente considera o voto evangélico um de seus redutos mais consistentes. De acordo com o resultado divulgado nesta quinta-feira pelo Datafolha, entre os evangélicos, Bolsonaro tem 39% das intenções de voto e Lula, 36%.

"Não sou unanimidade, não sou o dono da verdade, não sou a última palavra, o ultimo biscoito, mas falar que estão divididos?", afirmou Bolsonaro.

Nesta sexta-feira, o presidente chegou a publicar em suas redes sociais um trecho de um discurso que fez em evento da Assembleia de Deus. Durante a live, em tom eleitoral, Bolsonaro tentou contrapor seu discurso em relação ao do ex-presidente Lula, sobretudo em relação à pauta de costumes.

O presidente também atacou governadores petistas por terem adotado medidas restritivas durante o auge da pandemia da Covid-19, fechando igrejas.

"O lado de cá fala da boca pra fora, fala com o coração, Deus, pátria, família. O lado de cá defende família. O lado de lá, não. O lado de lá defende ideologia de gênero. Vai falar que os evangélicos estão divididos?", disse.


Apesar de ser um dos estratos em que o presidente se sai melhor, especialistas apontam que o voto evangélico também é influenciado por outros fatores: a maioria dos evangélicos são mulheres, onde o presidente tem uma intenção de voto bem menor que entre os homens, por exemplo.

As amostras das pesquisas também apontam que o percentual de evangélicos que se identificam como pretos também costuma ser maior que o de outras religiões. Assim como entre as mulheres, o presidente Bolsonaro não tem um bom desempenho entre pretos e aqueles que se identificam como pardos.

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