Na noite da última quarta-feira (08), O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) divulgou as notas da última edição. E com elas, dúvidas surgem em estudantes ao compararem os números de acertos e a nota. Pessoas que acertaram o mesmo número de questões podem ter uma nota menor que outras por conta do sistema de correção adotado pelo exame: a Teoria de Resposta ao Item, ou mais comumente conhecido, o TRI.
A TRI é o algoritmo que mapeia as questões da prova em grau de dificuldade, e assim, promove a nota do aluno por meio de um sistema que legitima os conhecimentos dos alunos e impede que 'chutes' certos aumentem a nota.
Desta forma, o algoritmo entende pelo padrão de erros e acertos do aluno se a questão foi algo o candidato realmente sabia, ou se ele apenas 'chutou' a questão e conseguiu acertar.
Caso seja constatado que o aluno realmente sabia do que se tratava a questão, o ponto inteiro é dado. Se for identificado o oposto, a questão não fica com o ponto cheio. O algoritmo entende da seguinte forma: como este aluno que não sabe o básico desta matéria consegue acertar algo que está acima dela? Assim, o aluno não depende apenas de acertar as questões, mas entender o nível de dificuldade das que acertou e das que errou.
Mas a identificação do grau de dificuldade das questões não tem como ser feita, pois ela só é fechada quando os cartões-respostas estão na fase de correção. Assim, as questões mais acertadas pelos candidatos são tidas como as mais fáceis, com uma pontuação mais baixa, enquanto as menos acertadas são colocadas como mais difíceis e com uma pontuação maior.
Dentre os motivos para a aplicação do TRI estão os fatores de desempate, uma vez que a prova é realizada por milhões de pessoas e assim, milhares teriam a mesma nota caso cada questão tivesse a mesma valoração. Além disso, o fato de ser um método de evitar 'chutes' é um dos pontos visto pela prova, para que seja reconhecido as pessoas que adquiriram aquele conhecimento.