Trote UFPR: estudantes serão indiciados por lesão corporal gravíssima

Eles têm entre 21 e 23 anos e causaram queimaduras de 1° e 2° grau em cerca de 20 calouros

Calouros sofrem queimaduras de 1° e 2° grau em trote da UFPR
Foto: Divulgação
Calouros sofrem queimaduras de 1° e 2° grau em trote da UFPR

Quatro pessoas foram presas em flagrante após um  trote  organizado por estudantes do curso de medicina veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizado na última quarta-feira, em um terreno próximo ao campus em Palotina, no oeste do estado. Eles, que têm idades entre 21 e 23 anos, foram indiciados e vão responder por lesão corporal gravíssima e constrangimento ilegal.

Cerca de 20 calouros tiveram queimaduras de primeiro e segundo grau. Os alunos foram levados para o Hospital Municipal de Palotina, onde receberam atendimento médico e em seguida, foram liberados. A Polícia Civil continua investigando o caso e realiza novas buscas para localizar outros suspeitos.

Segundo a PC, os exames de lesão corporal foram solicitados pelo delegado, nesta sexta-feira. As vítimas disseram à polícia que um líquido foi jogado bobre elas, provocando as queimaduras. O material, um desifetante e germicida de uso veterinário, foi apreendido pelos agentes e passará por perícia.


A Universidade abriu um processo para apurar a responsabilidade pelo fato. Em um vídeo, o reitor Ricardo Marcelo da Fonseca tratou o caso como "injustificável".

"Apresento minha solidariedade tanto aos alunos e alunas, quanto aos seus familiares que sofreram essa violência injustificável no momento do trote. A insatisfação da universidade é imensa porque temos trabalhado continuamente nos últimos anos para que haja tolerância zero com relação a esse tipo de atitude na recepção dos nossos estudantes. Quero assegurar aos alunos e estudantes, como a toda comunidade que nós faremos uma apuração imediata e rigorosa das responsabilidades para que isso não possa se repetir."

Segundo a UFPR, nesta sexta-feira psicólogos e assistentes sociais da universidade acompanharam os estudantes nos exames de corpo de delito, realizados pelo Instituto Médico Legal (IML). Em um comunicado, a instituição informou que no início da próxima semana, "médicos dermatologistas, docentes do Campus Toledo da UFPR, iniciarão atendimentos individualizados com as vítimas para o tratamento mais adequado das lesões."

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