Prefeitura de SP suspende aulas presenciais da rede pública e particular
O prefeito Bruno Covas (PSDB) diz que a medida tem como objetivo conter o avanço da pandemia na cidade e ajudar a diminuir a circulação de pessoas
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (12), a suspensão das aulas nas escolas municipais, estaduais e particulares da cidade. O período para a rede fechar será entre 17 de março e 1º de abril. A gestão municipal decidiu antecipar o recesso de julho durante as duas semanas de suspensão.
No dia 15 e 16 de março, as escolas municipais devem permanecer abertas para receber familiares e esclarecer dúvidas. "Quem já puder na segunda e na terça não enviar os filhos para a escola, melhor para evitar a circulação", afirmou o secretário municipal da Educação, Fernando Padula.
"Essa medida se faz necessária para que a gente possa conter o avanço do coronavírus na cidade. A suspensão de aulas presenciais vale para a rede privada, para a rede pública estadual e rede pública municipal na cidade de São Paulo a partir da próxima quarta-feira", explicou o prefeito.
O anúncio da Prefeitura ocorre após restrições determinadas pelo governo do estado para conter a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Ontem (11), a rede estadual anunciou a restrição no funcionamento das escolas estaduais e um recesso para os próximos 15 dias por causa da atual situação da pandemia.
Com isso, as aulas presenciais nas escolas estaduais serão suspensas e as unidades ficarão abertas apenas para merenda dos alunos e retirada de chips a partir do dia 15 de março.
Fase mais restritiva
Também na quinta-feira (11), o governador João Doria (PSDB) determinou o início do que chamou da "fase emergencial",
a partir de segunda-feira (15), ainda mais restritiva do que a fase vermelha.
Entre as medidas determinadas em todo o estado estão restrições a lojas de materiais de construção, fechamento de praias, teletrabalho em escritórios e órgãos públicos e proibição de cultos religiosos.
Confira o que muda:
Lojas de material de construção não poderão mais abrir durante esta fase. Antes, o setor era considerado essencial;
Comércios, como lojas de roupas e produtos em geral, não poderão operar com serviço de retirada presencial, apenas delivery (24h) ou drive-thru (das 5h às 20h);
A mesma regra vale para restaurantes, que não podem servir refeições no local ou receber clientes para retirada. Agora, apenas delivery (24h) ou drive-thru (das 5h às 20h).
Serviços que podem continuar a funcionar:
Hospitais, farmácias, dentistas e veterinários continuam a funcionar normalmente;
Supermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento e feiras livres podem funcionar;
Postos de combustíveis e empresas do setor logístico também podem continuar operando;
Transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos liberados;
Outros serviços, como lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais também podem operar.