"Defendo escola, mas emprego também", diz Secretário de Educação de SP

Rossieli Soares disse ser favorável à vacinação de professores para o retorno das aulas presenciais no estado

O Secretário de Educação do estado de São Paulo foi o convidado desta segunda (08) no Roda Viva
Foto: Reprodução/Youtube
O Secretário de Educação do estado de São Paulo foi o convidado desta segunda (08) no Roda Viva

O Secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares , disse nesta segunda-feira (08) ser favorável à vacinação dos educadores para o retorno das aulas presenciais , mas que também "há uma lógica a ser observada", em entrevista ao programa Roda Viva , da TV Cultura .

"As pessoas que mais morrem com a Covid-19 são as de mais de 60 anos com comorbidades, então começar por eles é o que a maioria absoluta dos países tem feito", afirmou o Secretário.

Na ocasião, Rossieli criticou a atuação do governo federal diante da negociação para a compra das vacinas contra a Covid-19 e disse que o maior problema é a falta dos imunizantes. "Se não tivéssemos tido o esforço do estado de São Paulo com o governador João Doria 'batendo' desde o início, mesmo com o governo federal dizendo que não compraria a vacina, nós, hoje, não teríamos praticamente nada", disse ele.

Ministro da Educação  no governo do ex-presidente Michel Temer, Rossieli defendeu a ordem de imunização seguida pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 , proposto pelo Ministério da Saúde. "Se nós tivermos mais vacinas, eu defendo que os professores sejam vacinados sim, mas também não defendo que a gente deixe para depois os idosos", afirmou.

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O Secretário de Educação disse que isso não deveria ser uma escolha e cobrou, mais uma vez, uma atuação "mais ativa" do  Executivo na busca por vacinas.


Retorno obrigatório

Mesmo sem uma previsão de vacinação contra a Covid-19 para os professores, Rossieli defende a obrigatoriedade do retorno às aulas presenciais no estado. O Secretário ressaltou a importância da educação ser uma prioridade e disse que um "retorno seguro" pode diminuir os danos causados pela pandemia no ensino de uma geração.

"A escola deveria ter sido a primeira a abrir e a última a fechar. É uma questão de priorizar e evitar uma perda geracional. Voltar gradativamente é importante, mas voltar é essencial", completou.