Prefeitura ainda estuda como será o plano de volta às aulas
Brenno Carvalho / Agência O Globo
Prefeitura ainda estuda como será o plano de volta às aulas

O novo comitê científico da prefeitura terá sua primeira reunião nesta segunda-feira (25). Entre os temas a serem discutidos, a proposta para a retomada das aulas presenciais na rede municipal. O retorno divide opiniões. Neste domingo, em mensagem nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes disse que na quarta-feira será apresentado efetivamente o plano de volta às aulas, prevista para iniciar dia 8 de fevereiro.

"Obviamente, o plano pode sofrer mudanças de acordo com o que for acontecendo. Vai ter ensino remoto, rodízio. É muito importante que as nossas crianças voltem a estudar", disse Paes.

O prefeito disse que considera vacinar os professores uma prioridade. Mas o município segue a regra do governo federal das prioridades: "mas o importante é que em determinado momento, a gente tem que priorizar quem tem acima de 60 anos. Em algum momento pessoas acima de 60 anos (que não são profissionais  de Saúde) serão vacinadas".

A coordenadora da Unicef no Rio, Luciana Phebo, foi convida para participar da discussão na reunião do comitê científico. O calendário letivo na prefeitura do Rio começa no dia 8 de fevereiro com 202 dias\aula.

Na sexta-feira, em reunião virtual promovida por uma comissão especial de volta às aulas da Câmara, representantes do Tribunal de Contas do Município (TCM), Ministério Público, Defensoria Pública, Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, Fiocruz, Conselho de Segurança Alimentar, Conselho Escola Comunidade ( CEC ) e o movimento Trissomia do Amor defenderam que, apersar da volta às aulas deva ocorrer o mais breve possível, isso só deve acontecer com infraestrutura física e tecnológica adequadas. E também depois da  vacinação dos professores e pessoal de apoio.

Alunos sem celular ou computador terão prioridade em aulas presenciais na rede estadual do Rio

O retorno das aulas presenciais na rede estadual de educação do Rio , previsto para o mês de março, dará prioridade a cerca de 70 mil estudantes em situação de vulnerabilidade social, e que não possuem nenhum dispositivo eletrônico para acompanhar aulas remotas, como computador, celular ou tablet. Esses alunos terão aulas presenciais em sistema de revezamento de dias e turmas, em um plano que ainda será elaborado sob recomendação de um Comitê Científico, segundo informou a secretaria estadual de Educação .

De acordo com o secretário Comte Bittencourt, o número representa 10% das 700 mil matrículas feitas na rede para 2021. Os alunos foram identificados por meio de um questionário feito nos formulários para a inscrição de alunos na rede neste ano.

"Nós fizemos uma pesquisa, só este ano, porque era uma preocupação nossa, como tratar os alunos que não têm acesso. Esses meninos são os que vão estar na prioridade do atendimento", explicou Comte.

Segundo o secretário, esses alunos receberão material didático impresso, produzido pelos professores da rede.

Acesso gratuito

Ainda de acordo com Comte,  90% dos 700 mil alunos que compõem a rede estadual possuem celular com algum acesso à internet. Para ofertar o ensino remoto a esses jovens, em março, a Secretaria vai lançar um link patrocinado para que os estudantes tenham acesso ilimitado aos conteúdos online sem consumir franquia de pacotes de internet. Um novo aplicativo também reunirá as videoaulas e material didático para consulta e impressão.

"O estado já está contratando uma plataforma que vai abarcar todo o conteúdo de ensino remoto, além das aulas ao vivo no Google Classroom. O acesso a esse material estará disponível para profissionais da educação e alunos, que vão poder navegar 24 horas nos sete dias da semana, usando exclusivamente a nossa conectividade. Com o link patrocinado e o aplicativo, resolveremos os problemas de ensino de 90% da nossa rede", afirmou.

Para ampliar a conectividade, a secretaria informou que investiu R$ 4 milhões em verba extra para que as 1,2 mil escolas invistam em banda larga. As unidades escolares, que terminaram 2020 com uma média de apenas 1 Mega de velocidade de internet, terão o mínimo de 20, chegando até 100 Mega, de acordo com o quantitativo de estudantes matriculados. O salto de conexão inclui a disponibilização de wi-fi para alunos e profissionais dentro do ambiente escolar.

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