Escolas devem seguir abertas mesmo se SP voltar à fase vermelha, diz secretário

Rossieli Soares disse que escolas devem ser encaradas como serviço essencial

Rossieli Soares, Secretário da educação de SP, defende manutenção das escolas abertas mesmo em caso de piora expressiva da pandemia
Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo - 26.4.19
Rossieli Soares, Secretário da educação de SP, defende manutenção das escolas abertas mesmo em caso de piora expressiva da pandemia

Mesmo que haja agravamento expressivo da pandemia e, consequentemente, o estado retroceda à fase vermelha do Plano São Paulo de flexibilização das medidas de isolamento social , as escolas estaduais devem seguir abertas aos alunos. Foi o que defendeu hoje (2) o Secretário da Educação de SP, Rossieli Soares .

"Por mim, sempre que puder manter a escola aberta com segurança para ter algum tipo de atividade para os estudantes, isso tem de ser prioridade. O mundo inteiro, mesmo com ondas maiores de casos, agora está dizendo que educação é essencial. Se depender de mim, escola tem de ser considerada serviço essencial. Escolas têm ambientes mais seguros do que qualquer outro (espaço). Nosso problema é que a sociedade precisa olhar isso como uma prioridade ", disse.

Nesta segunda-feira (02), um dia após a reeleição de Bruno Covas à prefeitura da capital paulista , o governo de SP anunciou a "recalibragem" do plano,  retornando todas as regiões do estado para a fase amarela . Ainda assim, as escolas municipais continuaram autorizadas a abrirem as portas.

Quando São Paulo estava na fase vermelha das medidas de isolamento, em março, porém, as escolas estavam fechadas, e apenas os serviços essenciais , como supermercados e farmácias, eram liberados para funcionar .

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"Se Educação é prioridade, é preciso cuidar em todos os outros ambientes para que não seja necessário fechar a escola."

O secretário não garantiu o retorno d e 100% dos alunos em 2021 pois, segundo ele, essa volta total dependerá da evolução da pandemia e do comportamento das pessoas nas festas de fim de ano. Em seguida, Rossieli pediu que aglomerações e festam sejam evitadas justamente para que seja possível manter o funcionamento das instituições de ensino.

Rossieli ainda falou sobre o  Ministério da Educação (MEC) , que publicou portaria hoje (2) anunciando volta às aulas das unidades estaduais, federais e particulares em janeiro - desistindo horas depois . Segundo o secretário, uma medida desse tipo faria mais sentido na educação básica. Ainda assim, o secretário acredita que o retorno não deve ser resolvido dessa forma.

Rossieli Soares informou que foram contabilizadas  56 infecções de alunos e estudantes de escolas estaduais testados pelo método RT-PCR desde a reabertura das instituições.

"Não foi um crescimento grande. Não tivemos casos de transmissão dentro da escola, mas temos redobrado os cuidados. É uma volta vagarosa e cuidadosa. Temos trabalhado com alunos prioritários, os que têm mais dificuldade de ter equipamento, acesso. Estamos em alerta e fazendo o monitoramento", afirmou.