Volta às aulas no Amazonas faz 7,6% dos profissionais de educação terem Covid-19

Com retorno do ensino médio, professores e pais de alunos temem o contágio dentro das escolas. Governo suspendeu retomada do fundamental

Amazonas foi o primeiro estado a retomar as aulas na rede pública
Foto: Drance Jezus/Governo do estado do Amazonas
Amazonas foi o primeiro estado a retomar as aulas na rede pública

Três semanas após a volta das aulas presenciais no ensino médio nas escolas estaduais, o Amazonas teve 7,6% de seus profissionais de educação diagnosticados com a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (31) pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).

No Brasil todo, a rede pública do estado foi a primeira a retomar classes presenciais. A volta ocorreu no dia 10 de agosto para alunos do ensino médio da capital Manaus. Já os colégios particulares voltaram ainda antes, em seis de julho na cidade.

As confirmalções de contaminações, os professores e pais dos alunos começaram a se preocupar com novos contágios dentro das escolas. O sindicato de trabalhadores do setor já pediu, inclusive, para as aulas remotas voltarem a ser utilizadas.

A gestão do governador Wilson Lima (PSC) previa o retorno do ensino fundamental da rede estadual na semana passada, mas acabou adiando os planos. No dia 21 de agosto, o governo disse que cerca de 60% dos colégios já estavam adaptados para implementar as medidas sanitárias, como instalar mais pias e totens de álcool em gel.

O risco de elevação do contágio com a reabertura de escolas tem assustado gestores, professores, pais e alunos em várias partes do mundo. Isso porque, ambora estejam fora do grupo de risco para a Covid-19, crianças podem ter carga viral mais alta, quando infectadas, e maior capacidade de transmissão, segundo recentes estudos científicos.

Outra preocupação é que grande parte delas desenvolvem uma forma assintomática da doença, o que as tornam vetores invisíveis do novo coronavírus.