Único candidato de concurso, Weintraub foi avaliado como “confuso” e “vago”

Segundo documento obtido por revista, banca avaliadora da Unifesp aprovou o então candidato com nota 7, mínima necessária para que ele virasse docente do curso de ciências contábeis da instituição

Foto: Agência Brasil
Weintraub

A revista Época divulgou nesta sexta-feira (7) detalhes sobre um documento exclusivo com a avaliação que aprovou o ministro da Educação Abraham Weintraub ao cargo de professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) no ano de 2014.

Segundo a revista, Weintraub foi o único candidato à vaga para professor de ciências contábeis do campus Osasco da Unifesp, que tinha salário de R$ 4 mil na época.

Ele passou com nota sete, sendo reprovado por um dos cinco examinadores com nota 6, mas aprovado pela média do restante.

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Além de prova escrita e análise de experiência do candidato, uma prova didática foi aplicada a Weintraub. O exame, que consistia em uma aula dada pelo candidato à banca avaliadora, foi um dos pontos mais "polêmicos" na ficha de avaliação.

Entre os comentários feitos pelos avaliadores no documento, alguns afirmavam que Weintraub "não tem sustentação" no discurso, que "não apresenta um texto coeso e claro" e que era "confuso, bombástico e sem sustentação". Eles apontaram, ainda, que o candidato tinha produções científicas e que escolheu um assunto, mas deu aula sobre outro.

O ministro ainda não se pronunciou sobre o assunto.