Até 39 mil candidatos podem ter sido prejudicados por falha na correção do Enem
Falha teria sido cometida pela gráfica responsável por imprimir e transmitir os dados dos gabaritos. Número corresponde a 1% dos estudantes
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( Inep ), Alexandre Lopes, disse que até 39 mil candidatos podem ter sido afetados por uma falha na contabilização dos pontos da prova do Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem ).
O número equivale a 1% dos quase 3,9 milhões de candidatos inscritos.
"É importante registrar que a nossa estimativa, com base em tudo o que rodamos até a madrugada é que as possíveis inconsistências não cheguem a 1% do total dos 3,9 milhões de participantes. Esse é o público alvo que a gente acha que pode ter tido inconsistências", disse Lopes.
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Ainda segundo ele, a falha teria sido cometida pela gráfica responsável pela impressão e transmissão dos dados dos gabaritos ao Inep. Apesar disso, Lopes afirma que a data para abertura do Sistema de Seleção Unificada ( Sisu ) continua mantida para a terça-feira (21).
As falhas na contabilização dos pontos de candidatos do Enem começaram a ser reportadas nas redes sociais na noite de sexta-feira. Grupos de estudantes de Minas Gerais relataram que obtiveram pontuações extremamente baixas apesar de terem acertado um número elevado de questões.
Pelo Twitter, o ministro da Educação, Abraham Weintraub , disse que o MEC havia detectado "inconsistências" no gabarito de algumas provas e que até segunda-feira (20) o problema seria resolvido.
Houve inconsistência no gabarito de algumas provas do Enem 2019 e, por isso, candidatos foram surpreendidos com os resultados de suas notas. O número é muito baixo. Até segunda-feira, dia 20, tudo será resolvido. Pedimos desculpas aos participantes do exame pelo transtorno. pic.twitter.com/d9fOzOLHtM
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) January 18, 2020
Em entrevista coletiva, Lopes disse que, após os relatos sobre problemas na contagem dos pontos relatados em redes sociais, o MEC consultou a Fundação Getúlio Vargas, a Cesgranrio e a gráfica Valid S.A para encontrar a origem dos problemas. Segundo Lopes, o problema teria ocorrido na transmissão de dados referentes aos gabaritos de candidatos.
Ele disse que, como as provas são divididas por cores, houve erro na hora em que a gráfica informou ao Inep a cor do gabarito correspondente à prova realizada pelos candidatos.
Lopes afirmou que o Inep identificou quatro casos em que esse erro ocorreu. Os quatro são de candidatos oriundos da cidade mineira de Viçosa.