Capes anuncia 1,8 mil bolsas de pesquisa voltadas para “áreas estratégicas”

Parceria com conselho de fundações estaduais de pesquisa deve ajudar nas bolsas, que serão fornecidas para energia, mobilidade, saúde, meio ambiente, gestão, indústria 4.0 e defesa nacional, a serem escolhidas pelos estados

Foto: Pixabay/Creative Commons
Bolsas de pesquisa serão voltadas para áreas específicas

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai investir R$ 200 milhões em cursos de mestrado e doutorado considerados estratégicos e de relevância para o desenvolvimento regional, na concessão de 1,8 mil bolsas de pós-graduação, a partir de março do próximo ano.

Segundo o presidente da Capes, Anderson Correia, são exemplos de áreas estratégicas de pesquisa  energia, mobilidade, saúde, meio ambiente, gestão, indústria 4.0 e defesa nacional.

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“Cada estado tem sua particularidade”, disse Correia pouco antes de assinar protocolo de intenções com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Ele calcula que as unidades da Federação poderão eleger individualmente de cinco a dez áreas de interesse.

Conforme nota da Capes , a parceria com o Confap vai viabilizar “a elaboração de um programa de desenvolvimento estratégico da pós-graduação nos estados”. A Capes fará aporte de recursos e coordenará a parceira. “Caberá ao Confap ajustar as ações a serem planejadas com os reitores, pró-reitores de pesquisa e pós-graduação, Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais e outros órgãos”.

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Terão prioridade cursos de pós-graduação classificados com notas 3 e 4 pela Capes “considerados emergentes e em fase inicial de implantação”, de acordo nota da instituição.

Anderson Correia assinala a intenção de calibrar esses programas de pós-graduação para mitigar as assimetrias no desenvolvimento acadêmico, científico e tecnológico. A Capes tem interesse em também atrair parceiras regionais com a iniciativa privadas.

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Ao anunciar o investimento, o presidente da Capes fez questão de registrar que o aporte tornou-se viável por alívio nas contas públicas. “Foi possível graças ao descontingenciamento e também às propostas [para o próximo ano] do orçamento da Capes.”