Projeto quer que aluno possa optar por reforço em vez de ensino religioso no Rio

Deputado argumenta que alunos que decidirem não assistir às aulas sobre religião acabam ficando sem outra atividade durante o período

Ensino religioso é optativo no RJ
Foto: Arquivo / Agência Brasil
Ensino religioso é optativo no RJ

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vota, nesta terça-feira (1), um projeto de lei que prevê que alunos que não queiram ter ensino religioso nas escolas do estado possam ter aula de reforço de matemática e língua portuguesa.

Leia também: Deputado do PSL no Rio quer que professor faça exame toxicológico a cada 90 dias

O projeto de lei, de autoria do deputado Carlos Minc (PSB), altera Lei 3.459/00, que determina o ensino religioso facultativo nas escola do Rio. Atualmente, alunos que optarem por não participar das atividades sobre religião ficam com a aula vaga. Caso o texto seja aprovado, passarão a ter aulas de reforço

"O problema é que no horário dessa disciplina não é ofertada outra possibilidade ao estudante. No Estado do Rio, o ensino religioso é confessional, ou seja, não é uma análise filosófica da história e dos princípios das religiões, mas sim um padre ou pastor pregando. Então, quem não quer participar, acaba tendo que ficar sem fazer nada", explicou Minc. 

Além disso, a proposta também revoga um artigo da lei em vigor, que determina que o conteúdo do ensino religioso seja de atribuição específica das diversas autoridades religiosas, cabendo ao Estado o dever de apoiá-lo integralmente.

Leia também: Inscrições para escolas da rede estadual de São Paulo começam nesta terça

O projeto também previa que o poder público fosse proibido de comprar material didático feito por instituições religiosas. Carlos Minc argumenta que a intenção era garantir a laicidade do Estado. Este ponto do texto, no entanto, foi derrubado pela bancada religiosa.