MEC recua e reativa parte das bolsas de pesquisa congeladas

Ministro da Educação garante investimento de R$ 22,4 milhões nas pesquisas do Capes para este ano

Ministro da Educação, Abraham Weintraub voltou a trás nos cortes das bolsas de pesquisas
Foto: Claudio Reis / FramePhoto / Agência O Globo - 29.7.19
Ministro da Educação, Abraham Weintraub voltou a trás nos cortes das bolsas de pesquisas


O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta quarta-feira (11) a reativação de 3.182 bolsas de pesquisa do Capes (Centro de Aperfeiçoamento do Ensino Superior). Os cortes foram divulgados neste ano pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).

Com o anúncio do MEC , os cortes de verba do Capes passam a atingir 8.629 bolsas – cerca de 9% dos benefícios para pesquisadores disponibilizados pelo órgão. As bolsas reativadas fazem parte dos 5.613 recursos cortados na semana passada. A verba será transferida para os projetos de pesquisa ainda em 2019.

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Segundo o MEC, a retomada das bolsas garante um investimento de R$ 22,4 milhões na área neste ano. De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a decisão ocorreu após negociações com o Ministério da Economia.

 “A gente só vai dar a bolsas se a gente tiver condições de pagar”, diz o ministro sobre os recursos do Capes.

O ministro também afirmou que o governo garantiu um investimento de R$ 600 milhões para as bolsas de pesquisa já vigentes no próximo ano. O presidente da Capes , Anderson Ribeiro Correia, declarou que o aumento vai possibilitar o pagamento das bolsas ativas, incluindo as liberadas nesta quarta, até o fim de 2019.

Anderson ainda declarou que os recursos liberados pelo MEC serão reativados em duas etapas diferentes. “Parte das bolsas será reativada em setembro, [outras em] outubro e novembro. A própria universidade é que vai decidir”, explica o presidente do órgão.

Para o próximo ano, não há recursos previstos para novas bolsas do Capes. O projeto de lei orçamentária proposto pelo governo prevê cortes de investimentos nos benefícios para pesquisadores, passando dos R$ 4,25 bilhões de 2019 para R$ 2,2 bilhões em 2020.