O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou mudanças no calendário escolar para a rede estadual a partir do ano que vem. A principal delas trata-se da redução do período de férias escolares no mês de julho e a criação de duas semanas de recesso, que serão nos meses de abril e de outubro.
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O novo calendário prevê que, em vez de terem 30 dias de férias em julho e mais 30 dias entre dezembro e janeiro, os alunos da rede estadual de ensino passarão a ter quatro períodos de descanso, sendo eles ao fim de cada bimestre. Assim, os estudantes terão férias escolares de uma semana em abril, de duas semanas em julho, de uma semana em outubro, e de 30 dias ao fim do ano.
De acordo com o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, a redução do tempo de férias de julho já é uma realidade na "absoluta maioria" das escolas das redes municipais de ensino. Soares destacou ainda que a criação de mais períodos de descanso ajudará tanto alunos quanto professores.
“Esse períodos são importantes para uma espécie de descompressão. É bom para o professor, que pode se reorganizar para começar o segundo bimestre. Isso serve também para o aluno. Com menos tempo contínuo fora da escola, aumenta a aprendizagem”, disse o secretário.
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Segundo o calendário escolar para 2020 divulgado nesta sexta-feira (26) pelo governo paulista, o próximo ano letivo começa no dia 3 de fevereiro, com encerramento previsto para 22 de dezembro. O objetivo é organizar o calendário e o planejamento das atividades pedagógicas, além de garantir que docentes que atuam nas redes estadual e municipais consigam conciliar os períodos de recesso escolar e férias.
A gestão Doria alegou também que a mudança no cronograma visa ainda garantir um incremento ao turismo do Estado. Segundo o governo, em dois novos períodos do ano, abril e outubro, haverá demanda para viagens em família e, no mês de julho.
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“Essa é uma reforma educacional, mas ela traz benefícios adicionais para a movimentação turística dentro do Estado de São Paulo. Ela barateia os preços do turismo, pois tira a pressão de julho. Baixa o preço, gera empregos e impostos. Essa movimentação abrange 15 milhões de pessoas, aproximadamente”, destacou o secretário de Turismo, Vinicius Lummertz sobre o encurtamento das férias escolares no meio do ano.