Universidades brasileiras participam de competição de foguetes nos EUA

Brasil é o terceiro país com mais equipes inscritas no torneio que ocorrerá entre os dias 20 e 24 de junho; conheça os times da UFABC, ITA e USP

Primeiro lançamento do foguete da Universidade Federal do ABC em 2017 em Brotas, interior de São Paulo, Brasil
Foto: Divulgação/ UFABC
Primeiro lançamento do foguete da Universidade Federal do ABC em 2017 em Brotas, interior de São Paulo, Brasil

O Brasil ganhou novos reforços para a 12ª edição da maior competição universitária de foguetes experimentais do mundo. Pela primeira vez, a equipe UFABC Rocket Design, da Universidade Federal do ABC, e a TOPUS Pesquisas Aeroespaciais, da Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, irão participar da Spaceport America Cup (SAC). O torneio antes conhecido como IREC (Intercollegiate Rocket Engineering Competition), acontecerá entre os dias 20 e 24 de junho de 2017 no estado do Novo México, nos Estados Unidos.

Leia também: Mais de 6,1 milhões de candidatos confirmaram inscrição no Enem, diz MEC

Nas edições de 2015 e 2016, apenas a “ITA Rocket Design” do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a equipe do “Projeto Júpiter” da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) tiveram a oportunidade de representar o Brasil .

Foto: Divulgação/ Topus Pesquisas Aeroespaciais
A equipe TOPUS Pesquisas Aeroespaciais conta com 43 membros; quatro deles irão viajar para participar da competição

Agora, as quatro equipes estão em contagem regressiva para a competição. A equipe do ITA irá competir com o foguete Sólido RD-07 na categoria 10 mil pés SRAD e a equipe do Projeto Júpiter da EPUSP irá participar com o foguete Sólido Impérius na mesma categoria. Já a caloura UFABC aposta no foguete “Tupã”, que também participará na categoria de motor sólido SRAD e a equipe TOPUS Pesquisas Aeroespaciais  competirá com o foguete "TOPUS One", na categoria de 10 mil pés com motor a propelente sólido (KNSb), que foi testado recentemente .

A competição

As equipes brasileiras irão competir com mais 112 equipes de outros sete países (Austrália, Canadá, Colômbia, Egito, EUA, Índia e Turquia). A competição busca fornecer um ambiente onde as equipes estão livres para testar os limites de um projeto de engenharia, onde os requerimentos estão mais relacionados com segurança operacional do que com limitantes para projetos.

Leia também: Reforma no Fies deve obrigar aluno a começar a quitar dívida logo após se formar

Foto: Reprodução/ Facebook/ ITA Rocket Design
Equipe da “ITA Rocket Design” do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) que participou da competição de 2016

Esse incentivo faz com que equipes integrem no foguete sistemas avançados de controle, aquisição de dados, propulsão, entre outros, que tem peso para a pontuação da equipe na categoria desafio, na qual uma empresa parceira (Space Dynamics Laboratory) entregará, entre outros prêmios ainda não divulgados, US$ 1 mil para os melhores projetos.

Crowdfunding

Composto por 57 membros, divididos em núcleos (gestão, administrativo, marketing e projetos) e departamentos (propulsão, estruturas e aerodinâmica, aviônica, recuperação e operações), além de uma equipe júnior responsável por projetos de extensão, o grupo da UFABC busca, por meio de patrocínios e doações online, arrecadar o valor necessário para cobrir os custos da viagem de pelos menos 10 integrantes. Os interessados podem realizar doações pela página da  UFABC Rocket Design no Facebook

Foto: Divulgação/ UFABC
Pela primeira vez, a equipe UFABC Rocket Design, da Universidade Federal do ABC, irá participar do torneio internacional

O “Projeto Júpiter” da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP), que atualmente conta com mais de 50 membros de diversos cursos da USP, também tem buscado doações.

Leia também: Imagens de mulher mutilada e suásticas levam UFRJ a apurar apologia ao nazismo

Apesar de todo o apoio que recebem dos alunos e da Escola Politécnica, a equipe relata que enfrenta inúmeras dificuldades financeiras para representar o Brasil nos EUA. Para poder financiar as passagens e a estadia dos 12 membros, além do aluguel de um carro para o transporte de todos e do foguete aos EUA, o “ Projeto Júpiter ” criou uma vaquinha online  para arrecadar ao menos R$ 19 mil. Cada valor doado gera uma recompensa

Foto: Divulgação
Equipe do “Projeto Júpiter” da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo irá participar com o foguete Impérius