A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) conseguiu recuperar doze dos 423 livros que foram furtados da sua biblioteca . Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (5), a instituição afirmou que, com o apoio da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph), da Polícia Federal (PF), conseguiu reincorporar ao seu acervo três obras que estavam a caminho da Europa.
De acordo com a UFRJ , as três obras que foram interceptadas são "livros dos séculos 17 e 18 sobre medicina e história natural". Além desses, outros nove livros já foram reincorporadas à coleção da biblioteca e voltaram a ficar sob a guarda do órgão.
Como parte das investigações sobre o roubo de 303 livros raros e mais 120 obras do acervo da instituição, dois agentes da Delemaph visitaram, ainda nesta sexta, a biblioteca, após terem participado de uma reunião com representantes da universidade. A reitoria pretende acionar órgãos internacionais para reaver o patrimônio.
A universidade informou que apresentou à PF os resultados da sindicância interna que começou em novembro do ano passado e terminou em março. Por causa da gravidade do caso, a reitoria da universidade abriu, esta semana, uma nova sindicância, “para documentar de forma precisa o acervo subtraído e apurar responsabilidades”. Segundo a instituição, este foi o primeiro caso de roubo na Biblioteca Pedro Calmon, que desde 1950 guarda o acervo.
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A universidade afirmou também que, após o registro do furto, adotou práticas para reforçar os mecanismos de segurança já existentes, em especial os relativos à proteção de acervos raros.
Sindicâncias
De acordo com a universidade, o furto foi constatado em outubro do ano passado, quando a Polícia Civil de São Paulo encontrou obras de propriedade da UFRJ. Ao confirmar o furto dos livros raros , a instituição registrou o crime junto à PF e abriu sindicância para investigar eventuais responsabilidades.
A sindicância, que se encerrou em março deste ano, constatou que o processo de reforma do edifício na Praia Vermelha, onde está a biblioteca, pode ter favorecido a ação criminosa e que o roubo foi realizado por alguma pessoa que possuía informação sobre a importância da coleção.
Como o número de obras furtadas da UFRJ é muito grande, uma nova sindicância foi aberta para aprofundar as investigações.
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* Com informações da Agência Brasil.