A paralisação nacional de trabalhadores que ocorre nesta quarta-feira
(15) provocou o cancelamento de aulas em diversas escolas e universidades públicas em todo o estado de São Paulo.
Pela manhã, um grupo de estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo (USP) realizaram protesto e bloquearam o portão 1 da universidade, principal acesso ao campus da instituição, no cruzamento da Avenida Afrânio Peixoto com a Rua Alvarenga – zona oeste paulistana. O bloqueio durou cerca de cinco horas, entre as 6h30 e as 11h30 desta manhã.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) Magno de Carvalho, cerca de 1.000 pessoas participaram do ato e adesão à greve
foi "acima do esperado". Oficialmente, a USP não confirma alterações no cronograma de aulas.
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Em Guarulhos, o Colegiado dos Técnicos Administrativos da Universidade Federal de São Paulo (Univesp) decidiram aderir à paralisação nacional – ato que foi reconhecido pela Diretoria Acadêmica da instituição. Com isso, boa parte dos professores resolveram cancelar suas aulas nesta quarta-feira. A direção da Unifesp ainda não apurou a situação das demais unidades da instituição.
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) confirmou à reportagem que algumas unidades estão parcialmente paralisadas, mas até o momento não levantou em quais locais as aulas foram canceladas.
Na Universidade Federal do ABC (UFABC), estudantes relatam que cada professor está decidindo individualmente se irá manter ou cancelar a aula. Algumas provas que estavam previstas para esta quarta-feira foram canceladas devido às paralisações.
A direção da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) informou que as faculdades da instituição operam normalmente nesta quarta-feira.
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Escolas estaduais e municipais
De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, apenas 3% das escolas da capital paulista e Grande SP foram afetadas pela paralisação de trabalhadores. A pasta informa que "todo o conteúdo perdido será reposto em data a ser determinada pelo Conselho Escolar de cada unidade". De acordo com o sindicato que representa os professores da rede estadual (Apeoesp), somente na zona leste da capital paulista (região mais populosa de São Paulo), 90% das escolas estão fechadas.
A Secretaria Municipal da Educação da capital paulista ainda não divulgou balanço das unidades afetadas pela paralisação de trabalhadores. O sindicato dos professores da rede municipal (Sinpeem) também não divulgou informações a respeito do assunto. A categoria realiza ato às 15h desta quarta-feira em frente à sede da Prefeitura de São Paulo.
Os atos e a greve geral deste dia 15 integram um protesto nacional de movimentos sociais e frentes sindicais contra as reformas trabalhista e previdenciária propostos pelo governo Michel Temer.