Situação da Uerj segue indefinida e aulas de 2017 ainda não começaram

Paralisação também afeta os alunos do Colégio de Aplicação da instituição; governo do Estado diz que está à disposição para ajudar a universidade

Uerj atende aproximadamente 35 mil alunos em cursos de graduação, nas modalidades presencial e de ensino a distância
Foto: Thiago Facina/Uerj
Uerj atende aproximadamente 35 mil alunos em cursos de graduação, nas modalidades presencial e de ensino a distância

Ainda não há uma definição sobre a volta às aulas na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e no CAP (Colégio de Aplicação) da instituição. O descumprimento de prazos no repasse de recursos do governo estadual tem inviabilizado a presença de profissionais de nível técnico a manutenção de trabalhadores terceirizados, responsáveis pelas áreas de segurança e limpeza.

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Para os alunos do Colégio de Aplicação da Uerj , a situação é de total indefinição. O ano letivo de 2016 sequer terminou. Os estudantes do último ano do ensino médio não sabem quando as aulas de 2017 terão início, o que gera incertezas sobre a participação no vestibular e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio ), no fim do ano.

“Estou acabando o segundo ano ainda. E a gente não sabe quando vai começar o terceiro ano. Está bem difícil, não temos previsão de nada. Acho que vai faltar alguma coisa para a gente [para o Enem ], no último ano. Está complicado para todo mundo. O governo não está dando a atenção que a gente precisa”, afirmou a estudante Raquel Assis, que pretende tentar uma vaga no curso de psicologia.

A coordenadora geral do Sintuperj (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro ), Regina Souza, explicou que a questão principal envolve a alocação de verbas. Isso porque além dos atrasos nos salários dos servidores, há dificuldade no pagamento dos trabalhadores terceirizados que prestam serviços à universidade.

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“Só vão resolver a situação se tivermos a garantia dos salários em dia e do décimo terceiro. Você receber um parcelamento de R$ 800 e só ter R$ 80 na conta, não tem como sobreviver. Eu espero do governo ações concretas e positivas. O salário é um direito, verba alimentícia sagrada, prevista na Constituição. A situação é mais que lamentável”, destacou a coordenadora.

Governo se defende

A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, que é responsável pela universidade e pelo CAP, divulgou nota à imprensa na qual informa que as pendências financeiras já foram enviadas para a Secretaria da Fazenda, que é a responsável pelo repasse dos recursos. Disse ainda que a instituição tem autonomia administrativa para sua manutenção e para adiar o início das aulas.

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“A secretaria assumiu o compromisso de atender às principais demandas apresentadas pela Uerj na reunião com o governador, como reestabelecer os serviços de limpeza, segurança e alimentação. Em conjunto com a universidade , a secretaria está à disposição para renegociar contratos e restabelecer serviços essenciais dentro do princípio da economicidade para viabilizar o reinício das aulas, que será decidido pela instituição”, afirmou a pasta.


* Com informações da Agência Brasil