
A mais recente pesquisa eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, realizada pela Real Time Big Data, revela um cenário de forte consolidação das intenções de voto para 2026. O levantamento ouviu 1.500 eleitores entre os dias 1º e 2 de dezembro e traz um conjunto consistente de tendências tanto para o governo estadual quanto para a disputa ao Senado.
Estrutura eleitoral e percepção dos eleitores
A pesquisa mostra um eleitorado ainda pouco mobilizado: 82% afirmam não ter o voto definido para governador, o que reforça que a disputa tende a sofrer mudanças ao longo dos próximos meses. Mesmo com esse grau de indefinição, o comportamento espontâneo revela nomes já conhecidos do eleitor fluminense. Eduardo Paes aparece com 7%, seguido por Cláudio Castro com 4%. Em níveis menores, surgem Flávio Bolsonaro, Romário, Rodrigo Bacellar e Washington Reis, todos com 1%.
Cenários estimulados para governador: Paes lidera com folga em todas as simulações
No primeiro cenário estimulado, Eduardo Paes desponta com 55% das intenções de voto, abrindo uma diferença de 41 pontos sobre o segundo colocado, Rodrigo Bacellar (14%). Os demais nomes testados — Bombeiro Rafa Luz, Ítalo Marsili e William Siri — registram desempenhos discretos.
À medida que novos candidatos são inseridos nas simulações seguintes, o desempenho de Paes se mantém dominante:
No Cenário 2, ele mantém 53%, mesmo com a entrada de Washington Reis.
No Cenário 3, segue com 51% diante da presença de Anthony Garotinho.
Nos Cenários 4 e 5, mesmo com nomes competitivos da direita, como Capitão Pimentel e Wilson Witzel, Paes permanece à frente com 45% e 44%, respectivamente.
Os resultados mostram um quadro de estabilidade e vantagem expressiva do ex-prefeito do Rio em todos os recortes.
Rejeição: Garotinho e Witzel lideram índices negativos
A rejeição dos candidatos sugere dificuldades importantes para alguns nomes tradicionais. Anthony Garotinho aparece com 52%, seguido de perto por Wilson Witzel, com 50%. Eduardo Paes possui rejeição de 34%, enquanto Rodrigo Bacellar marca 32%. A presença de altos índices negativos em figuras já conhecidas tende a impactar sua viabilidade eleitoral, especialmente em cenários polarizados.
Disputa pelo Senado: empate técnico entre Flávio Bolsonaro e Cláudio Castro
No primeiro cenário testado para o Senado, há um empate técnico entre Flávio Bolsonaro e Cláudio Castro, ambos com 27%. Logo atrás, aparecem Pedro Paulo com 12%, Marcelo Crivella com 11% e Benedita da Silva com 11%. A pesquisa inclui ainda composições detalhadas de 1º e 2º votos nos cenários seguintes, mas o padrão geral se mantém: Castro e Flávio aparecem como protagonistas da disputa.
A inserção de novos nomes modifica pouco a fotografia:
No Cenário 2, a disputa segue acirrada entre Cláudio Castro (30%) e Flávio Bolsonaro (29%).
No Cenário 3, Castro amplia a liderança, chegando a 31%.
No Cenário 5, Castro e Flávio voltam ao empate com 28%.
A corrida ao Senado se mostra mais fragmentada e competitiva que a disputa pelo governo.
Avaliação do governo e expectativas para o futuro
O governo estadual exibe um índice de aprovação de 54%, contra 42% de desaprovação. Na avaliação da administração, 29% classificam como ótima ou boa, enquanto 48% consideram regular.
Quando os eleitores são questionados sobre o que esperam do próximo governo, 43% defendem manter a maior parte das políticas, mas com melhorias, enquanto 27% desejam mudanças na maior parte do que está sendo feito. Apenas 11% manifestam desejo de continuidade plena.
Visão do eleitor sobre o Rio e lembrança dos últimos governadores
Em relação aos demais estados do país, 51% avaliam que o Rio está igual, enquanto 25% entendem que está pior e 17% que está melhor.
Sobre os três últimos governadores, Cláudio Castro aparece como o melhor avaliado, com 75% das menções — percentual muito acima dos registrados por Wilson Witzel (8%) e Luiz Fernando Pezão (3%).
Sobre o Realtime Big Data
O Realtime Big Data é uma das grandes referências nacionais em ciência de dados e pesquisas qualitativas e quantitativas, destacando-se pelo alto nível de excelência técnica e pela oferta de análises claras. Fundado em 2015 pelo cientista político Bruno Soller, o Instituto de Pesquisa tem atuado especialmente no cenário político, de forma a transformar números em informação para apoiar as melhores decisões de governo e de estratégias eleitorais. A partir de 2024, o Realtime Big Data inicia uma nova fase, marcada pela chegada do sócio estrategista Wilson Pedroso e pela ampliação dos braços de atuação.
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