Ao redor do mundo, grandes parques naturais funcionam como destinos turísticos que atraem milhões de turistas todos os anos. Os parques fazem parte de um segmento muito importante para o Turismo, com uma demanda crescente em São Paulo e em todo o Brasil. São áreas com um enorme potencial de lazer, educação ambiental e entretenimento.
No Brasil, temos um enorme potencial que precisa ser melhor explorado em todo o país. Nosso parque natural mais famoso, nacional e internacionalmente, é o Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu. Em 2019, último ano antes da pandemia, o parque recebeu seu recorde de público, com pouco mais de 2 milhões de visitantes. No entanto, seu público ainda é majoritariamente local. Cerca de 75% é composto por brasileiros (mais de 1 milhão de visitantes), argentinos (436 mil) e paraguaios (63 mil), países que formam a tríplice fronteira na região.
Esses números poderiam ser bem melhores. Na década de 1950 foi construído o único hotel localizado dentro de um parque natural no Brasil, exatamente nas Cataratas do Iguaçu. Com vistas para as magníficas quedas d’água, o hotel se transformou em um dos melhores do Brasil. Desde então, nenhum outro empreendimento do tipo foi autorizado. Um retrocesso que impede o desenvolvimento de um Turismo sustentável e rentável a todo o país.
Para se ter uma ideia do potencial desse tipo de Turismo, nos Estados Unidos o Yosemite National Park recebe mais de 3,5 milhões de visitantes ao ano. No Grande Canyon e em Yellowstone, o número de turistas chega a 5 milhões em cada um deles. O parque natural mais visitado dos Estados Unidos é o Great Smoky Mountains National Park, que ultrapassa a marca de 14 milhões de visitantes ao ano.
O governo do Estado de São Paulo tem trabalhado com parcerias público-privadas como um caminho de sucesso para a preservação das áreas verdes paulistas. A concessão de parques gera caixa para estimular e consolidar os polos de ecoturismo, fortalecer o patrimônio ambiental, além de melhorar o serviço prestado aos visitantes. O Estado gastava mais de R$ 150 milhões por ano para a manutenção de parques urbanos, naturais, florestais, entre outros. Repassar parte deste serviço ao setor privado viabiliza a destinação de recursos para áreas prioritárias como saúde, segurança e educação.
Para incentivar esses destinos, criamos na Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e a Secretaria de Comunicação, a nova marca Parques de São Paulo, um trabalho inspirado em exemplos internacionais como os do Canadá, Argentina, Chile e Nova Zelândia. Trata-se de um projeto do governo Rodrigo Garcia para projetar o Estado como um destino de lazer ligado à natureza, dar visibilidade ao patrimônio natural e integrar seus 52 parques estaduais abertos à visitação. Queremos aproximar a população dos parques para que conheçam e preservem estas áreas verdes e movimentem o Turismo regional.
Atualmente, os 52 parques de São Paulo já recebem cerca de 17 milhões de visitantes por ano. Com a nova marca e o trabalho integrado comandado pelo governador Rodrigo Garcia, a projeção é de que este número cresça ainda mais e desenvolva novas regiões do Estado. Este é o Turismo: preserva, gera empregos e melhora a qualidade de vida.