As primeiras notícias da tragédia que se abateu sobre o litoral norte, em pleno feriado de carnaval, em especial sobre o município de São Sebastião, ainda estavam sendo veiculadas quando o governador Tarcísio de Freitas se deslocou para a região, a fim de fazer pessoalmente o acompanhamento da triste ocorrência.
Ele não teve dúvidas, não titubeou. Decretou estado de calamidade pública (para que o Estado pudesse, prontamente, liberar os recursos emergenciais necessários); decretou luto oficial em respeito à infeliz perda de vidas; transferiu o seu gabinete para São Sebastião; e comandou pessoalmente um conjunto de ações que tem envolvido mais de 600 pessoas - entre defesa civil, polícia Militar, polícia civil, bombeiros, militares do exército e da marinha, médicos, enfermeiros, e outros profissionais, juntamente com os servidores municipais liderados pelo abnegado prefeito Felipe Augusto - na desobstrução de vias, no resgate de sobreviventes, na busca aos desaparecidos, no amparo aos desabrigados e desalojados, na recuperação de estradas e no restabelecimento dos serviços.
O Governo de São Paulo liberou, inicialmente, R$ 7 milhões para esse primeiro momento emergencial e pediu ajuda ao exército e à Marinha para os resgates, que têm sido feitos também pelas vias aérea e marítima, numa verdadeira operação de guerra diante de circunstâncias climáticas absolutamente desfavoráveis.
A atuação do governador Tarcísio de Freitas diante desse enorme desafio tem sido impecável. Sua capacidade de liderança não se baseia apenas na inegável habilidade técnica e na competência, mas na sensibilidade, na maturidade política e na sua empatia, o que faz do governador de São Paulo, cada vez mais, o fiel depositário das esperanças e da confiança do valoroso povo paulista.
União, Estado e Municípios atingidos deram as mãos para enfrentarem a adversidade. É assim que tem que ser. E isso faz toda diferença. É assim que são construídas as soluções efetivas que irão reparar os dados, amenizar as dores e melhorar a vida da população.
A primeira-dama, Cristiane de Freitas, coordenando as ações do Fundo de Solidariedade do Estado - em parceria com a Defesa Civil - tem tido papel importantíssimo no esforço para minorar o sofrimento das famílias atingidas pela catástrofe, fazendo chegar à região roupas, colchões, alimentos não perecíveis, água, desinfetantes e outros itens. O socorro está chegando e as pessoas estão sendo assistidas. E não apenas pelo poder público, mas também pela sociedade, que se mobiliza em diversas ações de solidariedade e amor ao próximo.
É profundamente triste contabilizar a perda de vidas e saber que ainda existem desaparecidos. Nunca estamos preparados para esse tipo de situação. Nem as mais certeiras previsões podem apontar onde exatamente acontecerão essas tragédias, e quantas pessoas podem morrer. O que se sabe é que temos mais de 2 mil pessoas desabrigadas, até agora. E os municípios ainda contabilizam suas perdas financeiras. Somente São Sebastião, a cidade mais atingida, esperava por cerca de 500 mil turistas neste feriado. O Governo de São Paulo, ainda, por meio da Secretaria de Estado de Turismo e Viagens, já anunciou crédito emergencial, pelo programa de crédito turistico, dirigido a hotéis, pousadas, restaurantes, bares e outras empresas do setor, nessas regiões atingidas. Os municípios em questão são estâncias turísticas e também recebem recursos para infraestrutura turística, transferidos do Fundo de Melhoria dos Municípios Turísticos (FUMTUR).
A dor desses acontecimentos, sem dúvida, marcará a história de todos nós, em diferentes níveis, mas temos que enfrentar as nossas guerras, aprender as lições, superar os desafios e prosseguir. Vamos trabalhar incansavelmente, em parceria, no esforço de recuperar a região dos danos sofridos e deixar nossas cidades prontas, novamente, para receber turistas e viverem tempos de alegria, para além de toda tragédia.
Roberto de Lucena
Secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo