Luiz André Ferreira

Janeiro registra queda de 61% no desmatamento da Amazônia

A coordenação interministerial para os biomas não será do Meio Ambiente, de Marina Silva, mas da Casa Civil, de Rui Costa

Queda no desmatamento chegou a 61% em um mês
Foto: Divulgação/gov.br
Queda no desmatamento chegou a 61% em um mês

Parece uma eternidade. Mas, em apenas um mês, a situação na Amazônia já apresentou uma mudança significativa. O mês de janeiro representou a marca de desmatamento reduzida em 61%. Esses dados são baseados nos alertas emitidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais que fez a comparação com janeiro de 2022.

É ingenuidade achar que em apenas um mês, o Governo Lula tenha tido o poder de fogo de prover tão rapidamente essa significativa reversão de gestão e fiscalização. Mas sim, mostra a força do poder de um discurso. Sai a permissiva e conivente “porteiras abertas para a boiada da irregularidade passar” e entra a busca pela legalidade e a responsabilidade socioambiental.

Como ninguém faz nada sozinho, o Governo Federal conta com forte apoio popular neste momento em relação desgaste oriundos dos desmandos reinantes na Amazônia ressaltado com as imagens que escandalizaram o mundo da penúria sofrida pela população Yanomami.

Força Tarefa
Pela evidente urgência, a Amazônia deve receber o primeiro plano de ação – em 45 dias, seguido pelos projetos destinados ao Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa – devendo todos estarem prontos ainda neste primeiro semestre. A meta é quem em 2030, o Brasil zere as taxas de desmatamento em todos os seus biomas.

O anunciado programa interministerial de prevenção ao desmatamento e as queimadas deve envolver 19 pastas. No entanto, esse esforço conjunto não estará coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva, mas sim pela Casa Civil, de Rui Costa.
Que a política não se sobreponha ao conhecimento de causa. Já vimos num passado bem recente isso acontecer quando Marina Silva rompeu com o PT.