Paes segue Nunes e também aperta o cerco contra empresa de energia

Prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro demonstram insatisfação com os serviços prestados e cobram as concessionárias publicamente

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, discursa durante evento na capital fluminense
Foto: Reprodução: Flipar
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, discursa durante evento na capital fluminense

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) não é o único descontente com uma concessionária de energia elétrica. Pouco depois do emedebista pedir ao TCU a fiscalização do contrato com a Enel ou até mesmo a rescisão , quem também apertou o cerco contra uma empresa de energia elétrica foi Eduardo Paes (PSD), administrador do Rio de Janeiro. 

Através das redes sociais, Eduardo Paes reclamou com a Light, empresa que opera no Rio de Janeiro, pelo apagão ocorrido na Ilha do Governador, na Zona Norte. Apesar de não ameaçar romper com a concessionária, o prefeito determinou à Procuradoria Geral Municipal (PGM) a entrar com uma medida judicial exigindo que a empresa reestabeleça o fornecimento de energia. "Até diálogo tem limite", disparou Paes. 




De acordo com a Light, o "apagão" foi provocado pelo processo de finalização da construção de três novos circuitos de distribuição - a ideia é aumentar a qualidade do fornecimento na Ilha do Governador. Parte da manutenção está prevista para terminar em outubro deste ano, e a outra, no fim de 2025.

Governador de SP também está insatisfeito

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) , alertou o Planalto nessa quarta-feira sobre o risco de renovação de contrato com a Enel , que atende a uma concessão federal, cujo contrato é válido até 2028.

"Não dá para simplesmente prorrogar um contrato com uma empresa que simplesmente não corresponde, que não faz o investimento", afirmou o governador. "Conversei com a própria Casa Civil e alertei a eles dos riscos, por exemplo, de ter uma prorrogação com essa concessionária, no momento do término do contrato", disse.

Em novembro do ano passado, a Enel deixou mais de 2 milhões de pessoas no "escuro" por cerca de sete dias depois de um temporal. Desde então, durante o período de chuva, os "apagões" passaram a ser ainda mais constantes no Estado, sobretudo na capital.