Seguindo uma estratégia ambiciosa, o PL manterá o ex-presidente Jair Bolsonaro como figura central nas eleições municipais de 2024, mesmo que haja a possibilidade de sua prisão, conforme foi revelado pela coluna Panorama, do Portal iG Último Segundo, em junho deste ano.
Apesar de algumas lideranças partidárias expressarem confiança de que Bolsonaro não estará preso durante as eleições do próximo ano, o PL já traçou um plano de contingência caso isso ocorra. O partido pretende enquadrá-lo como uma vítima do Supremo Tribunal Federal, questionando decisões do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, diante da perspectiva de adaptações nas estratégias, Valdemar Costa Neto, presidente da legenda, está ciente de que ajustes serão necessários.
Inicialmente, o partido idealizava uma série de viagens pelo país para Bolsonaro, abrangendo o segundo semestre de 2023 e estendendo-se por 2024. Entretanto, a realidade impõe limitações à possibilidade de uma agenda extensa.
Enquanto a meta inicial do PL era conquistar mil prefeituras, a sigla agora trabalha com uma estimativa de cerca de 700. O diagnóstico interno da legenda sugere que Bolsonaro ainda mantém um capital político significativo, e é improvável encontrar outro "cabo eleitoral" com tanta influência no campo da direita. Mesmo em caso de prisão, o apoio dos bolsonaristas persistirá.
Em consonância com a estratégia de combater políticas de esquerda, o PL tentará adotar uma abordagem mais moderada em todo o país. Um exemplo disso é o apoio ao candidato Ricardo Nunes (MDB-SP) em São Paulo, ao mesmo tempo que busca atrair figuras como Marta Suplicy para a sigla.