Aliados de Jair Bolsonaro (PL-RJ) acreditam que o ex-presidente será condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ficará inelegível pelos próximos oito anos. Porém, a aposta é que a decisão não seja unânime, porque há a aposta que o ministro Nunes Marques votará contra a inelegibilidade.
Nunes foi indicado por Bolsonaro para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Então se acredita que o magistrado demonstrará gratidão ao votar a favor do capitão da reserva, apesar deles estarem com a relação conturbada por conta de “fofocas” recentes que desagradaram Marques.
O grupo bolsonarista, no entanto, vê com poucas chances do ministro pedir vistas durante o julgamento. A ação faria com que a decisão final atrasasse a condenação por mais algumas semanas, o que poderia irritar os colegas de Nunes Marques, deixando-o em situação desconfortável.
Além disso, aliados de Bolsonaro desejam que o processo seja julgado o mais rápido possível. A ideia é iniciar o período de recursos e, ao mesmo tempo, criar a narrativa que o ex-presidente é uma “vítima” do sistema.
TSE vai analisar processo contra Bolsonaro
O TSE irá analisar se Bolsonaro, enquanto ocupava o cargo de presidente, utilizou indevidamente a reunião com os embaixadores para promover ataques às urnas e espalhar notícias falsas sobre o processo eleitoral.
Essa reunião ocorreu em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente, e foi transmitida pelo canal oficial do governo, assim como nas redes sociais de Bolsonaro.
O Ministério Público Eleitoral argumenta que Bolsonaro deveria ser considerado inelegível, pois ele não poderia ter utilizado recursos públicos para disseminar informações mentirosas a respeito das eleições.
O julgamento contará com a participação de sete ministros, incluindo três membros do Supremo Tribunal Federal (STF): Moraes, Carmen Lúcia e Nunes Marques. O processo de julgamento começou hoje e terá prosseguimento na próxima semana. Não há previsão para a revelação da sentença.
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