O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma reunião ministerial nesta quinta-feira (15) que durou cerca de nove horas e usou o encontro para fazer cobranças. Uma das ordens dadas por ele foi da sua equipe ter um discurso alinhado em relação às ações do governo federal.
Lula lembrou que já criticou a comunicação adotada pelo Planalto e reforçou o desejo de que todos estejam em sintonia. O chefe do Executivo destacou que divergências podem ocorrer, mas que os conflitos sejam resolvidos internamente e todos falem a mesma língua para o público.
O presidente contou que soube do problema sobre a divulgação do seu podcast que estreou nesta semana. Informou que a situação será resolvida “porque toda sua base precisa estar preparada para propagar os projetos e conquistas do governo federal”.
Também explicou que ministros deverão informar suas agendas para Secretaria de Relações Institucionais. Por sua vez, a pasta chefiada por Alexandre Padilha (PT-SP) terá a obrigação de comunicar parlamentares, governadores e prefeitos de viagens da equipe do Planalto para os estados.
Lula falou que a comunicação interna e externa não será baseada em “sensacionalismo” – Paulo Pimenta já usou o termo “lacração” em outras oportunidades – para dialogar com a imprensa e a sociedade. Mas pediu que todos se esforcem para estarem alinhados com o discurso definido pelos profissionais da área.
Quais serão os discursos do Planalto nas próximas semanas?
Lula informou que a comunicação deverá focar nos resultados econômicos do governo. Na avaliação do petista, a aprovação do arcabouço fiscal, a boa receptividade da reforma tributária, a queda do dólar, a diminuição no preço dos combustíveis, a desaceleração da inflação e o crescimento do PIB são conquistas que o Planalto não pode ignorar.
O presidente ainda parabenizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), por dividir o sucesso econômico com o Congresso Nacional e Poder Judiciário.
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