A Secom virou alvo da base do governo Lula. Aliados reclamam há semanas da comunicação do governo e agora prometem um posicionamento mais forte depois do podcast feito pelo presidente da República na manhã desta terça-feira (13).
Parlamentares criticaram ao longo das últimas semanas o trabalho desenvolvido por Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação Social, que tem status de ministério. O deputado André Janones (Avante-MG) foi quem simbolizou a indignação pelo desempenho do setor.
Após brigas internas, o grupo chegou ao consenso que mudanças precisavam ser feitas e cada lado iria ceder um pouco. Pimenta se comprometeu a comunicar a base governista das ações do governo federal e qual narrativa deveria adotar para atingir a sociedade. Já os congressistas não cobrariam publicamente um estilo “menos institucional”, no qual o ministro afirmou ser “lacração”.
Porém, conforme revelou o blog O Cafezinho, aliados não gostaram nem um pouco do trabalho desenvolvido para lançar o podcast do presidente Lula. Ocorreram muitas reclamações, como a informação sobre a iniciativa ter chegado aos parlamentares apenas na véspera e com poucos detalhes.
Base de Lula vai fazer cobrança
A coluna conversou com membros da base do governo, que confirmaram a informação. Também revelaram que vão cobrar fortemente o ministro Paulo Pimenta.
“Uma ação como essa precisa que todos estejam alinhados e possam divulgar e comentar o programa, mas como faz isso se pediram para compartilhar às oito da manhã, pouco antes de ir ao ar?”, reclamou um deputado aliado do Planalto.
“Temos que falar a mesma língua. Não dá para bater cabeça na comunicação. O podcast repercutiu porque a imprensa pegou os principais trechos. Mas era função de todos os aliados estarem participando e divulgando. Se ninguém coordenar, fica impossível dar certo. Cobramos melhoras na comunicação. Aparentemente, não cumpriram. Vamos ser mais firmes desta vez”, comentou outro parlamentar.
A ideia é que a cobrança seja feita de forma interna entre os parlamentares e Paulo Pimenta. Caso percebam que a reunião não surtiu efeito, vão procurar o presidente Lula. Críticas públicas também não estão descartadas.
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