Solidariedade negocia federação com PDT e PSB

Conversas ainda estão em fase inicial, mas presidente da legenda acredita que acordo deve sair nos próximos dias

Paulinho da Força ainda negocia acordo com partidos sobre apoio em estados e municípios
Foto: ESTADÃO CONTEÚDO
Paulinho da Força ainda negocia acordo com partidos sobre apoio em estados e municípios

O Solidariedade negocia se juntar ao PDT e PSB em uma federação pelos próximos quatro anos. A informação foi confirmada ao iG pelo presidente da legenda, Paulinho da Força.

Segundo o ex-deputado, as conversas estão em fase inicial, mas são promissoras. Uma nova rodada de negociações está marcada para a próxima semana.

“Não tem nada resolvido. Estamos conversando, vendo onde há dificuldades”, disse Paulinho da Força.

Os partidos ainda conversam sobre as dificuldades e pontos de desacordo em estados e municípios. A tentativa é formar uma federação pensando nas eleições municipais de 2024.

As legendas pretendem ter maior acesso ao fundo partidário, principalmente o Solidariedade, que conta com apenas cinco deputados em sua base eleita em 2022. Já PDT e PSB já estavam com conversas avançadas para unir os partidos

Uma fonte que participa das negociações disse à coluna que a negociação trava nos apoios em estados-chave, como São Paulo e Pernambuco. No último caso, Solidariedade e PSB disputam espaço para a candidatura à prefeitura do Recife com Marília Arraes e João Campos.

Partidos se movimentam para 2024

A pouco mais de um ano para as eleições municipais, partidos se movimentam para aumentar seu poder de barganha do fundo eleitoral e alavancar potenciais candidatos às prefeituras. Após a minirreforma eleitoral, legendas de menor expressão já tentam se colocar junto aos maiores partidos para conseguirem sobreviver.

Atualmente, existem três federações registradas no TSE: Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV), PSDB-Cidadania e PSOL-REDE. Nos bastidores, a união temporária dos partidos é vista como sucesso pelos demais partidos.

Em conversa com a coluna, Paulinho da Força disse que todos os partidos devem seguir o modelo de federação para o próximo ano.

“É a única forma de se fazer oposição nos municípios e, lá na frente, nos estados”, afirmou o ex-parlamentar.

O Progressistas, por exemplo, tenta uma federação com o União Brasil para formar a maior bancada partidária da Câmara dos Deputados. Se confirmada, a união dos partidos resultará em 108 deputados na base, contra 99 do PL.

Embora tenha elegido 49 parlamentares, o Progressistas visa uma fusão com o União e conseguir maior poder de barganha no pleito do próximo ano.

Outro partido que pode entrar na federação é o Avante, partido que apoiou Lula nas eleições do ano passado e que teve André Janones, um dos principais aliados do petista na época, como pré-candidato à presidência da República.

Já o Patriota aguarda o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a aceitar sua fusão com o PTB. Se aprovada, a nova legenda deve se chamar Mais Brasil e deve manter o espectro político mais à direita.

O PSC ainda estuda uma fusão com o Podemos, enquanto os dois partidos negociam entrar na federação PSDB-Cidadania. As negociações, até o momento, estão travadas.