Simone Tebet (MDB) não participou nesta segunda-feira (12) da cerimônia de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o episódio chamou a atenção. A senadora alegou oficialmente um compromisso em Mato Grosso do Sul, mas a verdade que ela tem optado por ter um comportamento diferente de outros nomes cotados para os ministérios.
Segundo apurou o Portal iG, a emedebista não quer aparecer mais do que Lula. Ela evita participar de eventos públicos neste momento para falar sobre as ações do futuro governo.
“Simone não tem autoridade para falar, porque não faz ainda parte do governo Lula. Se ela se posiciona mostrando sua visão, vai parecer cobrança. Qualquer palavra fora de contexto, pode causar confusão desnecessária. Se defende, e não faz parte do governo, a limita para se colocar como oposição no futuro. Será vista como oportunista. O melhor é falar pouco e evitar qualquer atrito”, diz um deputado eleito pelo MDB.
Um dos exemplos usados é a pouca presença dela no prédio da CCBB, local em que tem ocorrido a transição do governo Lula. Tebet tem optado por participar das reuniões por videoconferência. “Assim evita de falar com jornalistas neste momento”, comenta o aliado.
Tebet também deixou nas mãos de Baleia Rossi, presidente do MDB, as negociações sobre uma possível participação dela no governo Lula. A senadora não quer passar a imagem de que não respeita o rito político.
“Simone foi discreta nas negociações da sua candidatura à Presidência. Ela apareceu muito no segundo turno, porque foi autorizada pelo MDB. Ela é uma mulher de grupo e gosta sempre de colocar tudo em pratos limpos”, explica o parlamentar.
Tebet ministra?
A senadora é cotada para ocupar o Ministério de Desenvolvimento Social. Porém, o tema é tratado com muito mistério. Lula tem grande admiração por Tebet e não esconde sua gratidão pelo apoio que recebeu no segundo turno.
Porém, uma ala do PT é contra a nomeação da emedebista no cargo. Petistas querem alguém que seja do partido.
Lula deve anunciar (ou não) a senadora nesta semana. Até lá, o mistério seguirá.
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