Deputados evangélicos pediram para a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidar pelo menos um cantor evangélico para participar da posse que ocorrerá em 1° de janeiro do ano que vem. A explicação é que o futuro governo mostrará boa vontade com os religiosos, diminuindo a tensão entre petistas e o grupo cristão.
Segundo apurou o Portal iG, a socióloga Janja , futura primeira-dama do Brasil, convidou dezenas de artistas para se apresentarem na cerimônia. Pabllo Vittar, BaianaSystem, Duda Beat, Gaby Amarantos, Martinho da Vila, Gilsons, Chico César, Teresa Cristina, Maria Rita e Valesca Popozuda confirmaram presença. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ludmilla e Emicida foram convidados, mas ainda não informaram se estarão no evento.
No meio de tantos artistas, nenhum do universo gospel foi chamado, o que incomodou a bancada evangélica. Deputados que representam o setor procuraram Janja e pediram para que um nome cristão esteja nas apresentações para demonstrar boa vontade por parte do PT.
Janja concordou, mas informou que precisará conversar com outros membros da transição. A preocupação da futura primeira-dama é que a presença de um cantor evangélico passe a imagem de privilégio. “Faz sentido ter um evangélico e não um padre? Ou um grupo de umbanda? É isso que está sendo debatido”, explica um aliado do presidente eleito.
Porém, caso Janja chame um cantor gospel, o preferido para fazer parte da cerimônia é Kleber Lucas. O músico faz parte da equipe de transição de Lula e foi um dos poucos artistas evangélicos que apoiou publicamente a candidatura do petista contra Jair Bolsonaro (PL).
Janja quer uma posse diferente
Na última quarta (31), a esposa do presidente eleito Lula deu entrevista no Centro Cultural Banco do Brasil e relatou que a cerimônia vai seguir o roteiro institucional. Porém, ela deixou claro que fará “pequenas e poucas alterações” em comparação com outras posses.
Ela também relatou que a equipe está preocupada com a segurança do petista, tanto que agentes da Polícia Federal, das forças de segurança do DF e das Forças Armadas trabalham para que o futuro chefe do executivo federal não corra nenhum risco durante o evento.
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