
Flávio Bolsonaro anunciou que será candidato à Presidência em 2026 . O anúncio não foi político, foi divino: disse estar “diante de Deus”.
O detalhe é que, quando escreve “Ele”, nunca sabemos se fala de Deus ou do pai. A diferença é simples: um criou a ema, o outro mostrou uma caixa de remédios para ela.
Reality no Presídio
Imagine Bolsonaro, sentado na Superintendência da Polícia Federal, cumprindo 27 anos… e decidindo quem vai ser o presidente do Brasil. Foi uma reunião super democrática. É praticamente a formação do elenco de The Voice, só que no presídio.
— “Flávio, você virou meu escolhido!”
— “Obrigado, pai… quer virar a cadeira?”
— “Não posso. Aqui, só quem gira é o ventilador da cela.”
Parabéns ao Brasil: chegamos ao estágio político em que o presidente é escolhido no parlatório da cadeia.
Agora… o Jairzão tinha escolha? Vamos analisar o elenco:
- Eduardo Bolsonaro só aceita ser presidente dos EUA.
- Jair Renan já tem função fixa: ajudar o pai a completar o passatempo Nível Fácil.
- Carlos Bolsonaro cuida da conta do X escrevendo coisas que ele acha que o pai vai gostar.
- Sobrou o Flávio. Não era exatamente o melhor, era o que tinha. É tipo você precisar cortar um pão com uma colher.
Projeto de Nação
Flávio diz que seu pai é “a maior liderança moral do Brasil”. Justamente o cara que está preso por tentar acabar com a democracia. É tipo elogiar o Lula dizendo que é um cara sóbrio.
E aí Flávio promete continuar o “projeto de nação” iniciado pelo pai. Isso, o mesmo projeto que terminou com o líder tentando abrir a tornozeleira com um ferro de solda quente por curiosidade.
Ele também diz que o país vive dias difíceis: “narco-terroristas dominando cidades, aposentados sendo roubados, estatais saqueadas”. Só não pede pra ele falar sobre “rachadinha”, senão ele desmaia igual cabra tomando susto no TikTok .
Centrão e os 100%
E claro: Flávio garante que vai unir o centrão, mesmo sabendo que o centrão prefere o Tarcísio. Já disse que conversou com o Tarcísio e que o governador está “junto com a gente”.
Incrível como todo mundo que diz isso some semanas depois. Se amanhã o Tarcísio postar foto tocando violão no Uruguai, a gente já sabe.
Também disse que Eduardo Bolsonaro estaria 100% com ele. Nos ideais, porque fisicamente ele tá a mais de 7 mil km de distância.
Mas o Eduardo sempre foi 100% com tudo:
- 100% Trump,
- 100% arma,
- 100% cloroquina,
- 100% teorias sobre “Venezuela brasileira” que curiosamente nunca chega no condomínio dele.
Tranquilo, sereno, previsível
Flávio ainda prometeu “tranquilidade, serenidade e previsibilidade”. De fato, nada mais previsível no Brasil do que acordar e descobrir que mais um Bolsonaro quer ser presidente.
É tipo Panetone em dezembro: Você pode não querer, mas ele sempre aparece.
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG